ICMS fixo vai anular queda de R$ 0,29 na gasolina, diz sindicato
Em junho, o imposto estadual será fixo de R$ 1,22 para todos os estados
A queda no preço da gasolina, anunciada pela Petrobras, será praticamente anulada quando começar a vigorar o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) fixo em todos os estados. É o que acredita o diretor-executivo do Sinpetro-MS (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes), Edson Lazarotto.
Na terça-feira (16), a Petrobras informou a redução em R$ 0,40 por litro da gasolina, saindo de R$ 3,18 para R$ 2,78, nas distribuidoras. O diesel também teve retração no preço, de R$ 0,44, saindo de R$ 3,46 para R$ 3,02. Todas começam a valer a partir desta quarta-feira (17).
Com isso, segundo o Sinpetro, o impacto nas bombas dos postos de Mato Grosso do Sul deve ser, em média, R$ 0,29 e R$ 0,39, respectivamente.
“Em 1° de junho inicia o ICMS fixo de RS 1,22 na gasolina em todos estados, portanto, como hoje o ICMS é de R$ 0,92, teremos acréscimo de R$ 0,30 de ICMS, tornando quase nula essa queda anunciada”, explicou.
A equipe de reportagem do Campo Grande News percorreu cinco postos e nenhum deles havia alterado o preço. De acordo com o gerente de um dos postos da Avenida Costa e Silva, que preferiu não se identificar, o valor será mantido até chegar uma nova remessa de combustível.
Ele diz que ainda não consegue estimar o custo para o consumidor. No local, o litro da gasolina está sendo comercializado a R$ 5,07.
Em outro estabelecimento na mesma avenida, o preço do produto ainda não foi alterado e continua a R$ 5,09.
Reflexo - Qualquer redução anunciada já ajuda o consumidor. É o caso do músico Thiago Pereira, de 31 anos. “Eu, por exemplo, levo minha esposa no serviço e trabalho, qualquer centavo faz a diferença. Não acredito que vai continuar baixando, mas reduzindo agora já ajuda bastante”, destacou.
Ele conta que gasta, em média, R$ 200 para encher o tanque do carro por uma vez. No entanto, no mês, ele enche o tanque de duas a três vezes.
O servidor público estadual Luiz Carlos da Cruz, de 50 anos, abasteceu seu veículo, hoje, já imaginando que não ia ter diferença no preço. “Acredito que leve uns dias para diminuir no posto. Acho que baixa agora, mas pode subir daqui uns meses”, ressaltou.
O motorista de aplicativo Geovane Marinho, de 33 anos, vê qualquer redução como uma boa ajuda no orçamento. “Faz a diferença no final do mês. Seria bom que continuasse baixando, né? Às vezes rodamos muito e independente do valor da gasolina, o lucro é o mesmo”, lamentou.