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Economia

Incubadoras na Capital já reuniram 107 empreendedores, mas formaram só 29

São 4 unidades na Capital, todas fechadas para reforma como maneira de melhorar e atrair interessados

Cassia Modena | 08/04/2023 11:18
Bairro Mário Covas tem uma das 4 incubadoras de Campo Grande (Foto: Divulgação/Prefeitura de Campo Grande)
Bairro Mário Covas tem uma das 4 incubadoras de Campo Grande (Foto: Divulgação/Prefeitura de Campo Grande)

A existência das incubadoras ainda é desconhecida por muita gente, embora  tenham sido criadas para prestar serviço importante à economia das cidades. Seu papel é ajudar micro e pequenos empresários a investirem em ideias inovadoras de negócios com capacitação, assessoria, troca de experiência e auxílio na busca por investimento e financiamento.

Campo Grande tem quatro delas, que foram criadas em 2014 e são mantidas pela prefeitura, mas hoje, todas estão fechadas e de quem já entrou no programa, menos de 30% conseguiram conluir a capacitação.

De acordo com a Secretaria Municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio (Sidagro), 107 empreendedores já foram inseridos no projeto, mas apenas 29 deles se graduaram.

Medida para atrair mais interessados e incentivar sua permanência é meta da prefeitura agora, inclusive, com reforma dos espaços. No momento, todas as incubadoras municipais estão fechadas para receber essas intervenções. A previsão para a reabertura é agosto deste ano, também conforme a Sidagro.

Onde estão - As quatro unidades que a Capital tem são: Incubadora Municipal Mário Covas, Incubadora Municipal Francisco Giordano Neto, incubadora Norman Edward Hanson, Incubadora Municipal Zé Pereira. Elas estão localizadas bairros Mário Covas, Estrela Dalva, Jardim Santa Emília e Jardim Zé Pereira, respectivamente.

Cada uma delas atende a um segmento de negócios. A Incubadora Zé Pereira trabalha o artesanato; a Incubadora Francisco Giordano Neto assiste aos projetos de  tecnologia; a Norman Edward Hanson atende ao segmento de produtos alimentícios; e a Incubadora Mário Covas está no ramo de confecção têxtil.

Para ingressar em uma incubadora, é preciso se inscrever nos editais lançados e apresentar um plano de negócios. É possível acompanhar as futuras oportunidades clicando aqui.

Deu certo - Entre as 29 pessoas que foram até o fim no que propõem as incubadoras, está a artesã Lucila Martins.

Ela havia aprendido o básico das técnicas de artesanato em vários cursos gratuitos promovidos no Cras (Centro de Referência de Assistência Social) do Bairro Zé Pereira. Foi praticando e vendendo o que fazia, até que pensou em investir para valer em ser uma microempresária do ramo de bonecas de pano e livros sensoriais.

Artesanato de Lucila exposto em feira na Capital (Foto: Acervo pessoal)
Artesanato de Lucila exposto em feira na Capital (Foto: Acervo pessoal)

Lucila foi aconselhada no próprio Cras a se inscrever no último edital de admissão de novos empreendedores para a Incubadora Zé Pereira, lançado em 2019. Começou a ser atendida naquele mesmo ano e se graduou em 2021. "Lá recebi todo o aprendizado de como nasce uma pequena empresa, aprendi a melhorar a técnica de confecção do artesanato, aprendi a precificar meus produtos e a vender nas redes sociais e nas feiras culturais", conta.

Atualmente, a artesã, de 48 anos, tira seu salário do negócio. "Creio que, aos poucos, será a renda principal da minha família", projeta.

Adma Rúbia Souza, também de 48 anos, é outra empreendedora que prosperou depois de passar seis anos se capacitando. Ela ingressou na Incubadora Mário Covas em 2006, sabendo produzir artesanalmente redes de descanso e materiais de montaria. Saiu de lá tendo conseguido o financiamento de uma máquina de R$15 mil, que deu um superempurrão no negócio da montaria.

Antes distribuindo os poucos mantas e coxinilhos que fazia para lojas de produtos rurais em Campo Grande, ela fez crescer uma empresa que hoje envia produtos para 14 estados brasileiros e emprega 19 funcionários. "Não foi rápido, mas deu certo. Tudo o que consegui de treinamento, visita técnica, curso, evento e viagem me ajudou a chegar até aqui", pontua.

Adma ao centro com parte da equipe na fábrica de produtos de monta (Foto: Acervo pessoal)
Adma ao centro com parte da equipe na fábrica de produtos de monta (Foto: Acervo pessoal)


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