Índice que mede intenção de investir na indústria tem aumento em abril
Sondagem revela que esse foi o melhor resultado dos últimos três anos para esse período
O índice que mede o interesse dos empresários em investirem no setor industrial alcançou 61,8 pontos em abril em uma escala que vai de zero a 100, o melhor resultado dos últimos três anos para esse período e um aumento de 4,5 pontos em relação a março.
Esses dados fazem parte de uma sondagem feita pela Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul).
O resultado do quarto mês de 2018 também ficou acima da média de 2014 a 2017. A expectativa dos empresários do ramo para o próximo semestre foi de 58,3 pontos e em relação à contratação de empregados, o índice foi de 53,1 pontos.
A pesquisa também mede o índice de confiança do empresariado do setor. O resultado de abril foi de 57,1 pontos, o maior dos últimos quatro anos e 12,3 maior do que a média para o mesmo mês desde 2013. Esses números estão acima dos 50 pontos, o que segundo a Federação indica melhoras na economia brasileira, sul-mato-grossense e das próprias empresas.
Visão - De todos os entrevistados, a maioria (49,3%) afirma que não houve mudanças na economia nacional. Disseram o mesmo da economia estadual 52%, enquanto 50,7% também enxergaram essa estabilização na própria empresa.
Já para 24% dos empresários, a situação do país melhorou. Outros 22,7% enxergam essas mudanças positivas também a nível estadual e 20% dentro da própria empresa. Outros 20% consideram que a situação econômica do país piorou. Falaram o mesmo de Mato Grosso do Sul 17,3% e 21,4% enxergaram estagnação em seus próprios negócios, segundo apontou a Fiems.
Para os próximos meses, 42,6% estão confiantes e acreditam que o Brasil vai conseguir virar o jogo contra a crise, enquanto 45,3% calculam que a economia deve ficar do mesmo jeito e 6,7% demonstraram pessimismo com relação ao setor.
Com relação à economia estadual, o futuro é visto com otimismo para 41,3% dos entrevistados, enquanto 46,7% acreditam em uma estagnação e 6,7% falam em piora.Quando o assunto é a própria empresa, 53,3% acreditam que a situação financeira irá melhorar, enquanto 36% falam em uma estagnação e 5,4% estão pessimistas.
A sondagem também questionou os empresários sobre a margem de lucro operacional obtida no período e a maioria (34,7%) a considerou ruim. O acesso ao crédito foi considerado difícil por 33,3% dos empresários. Enquanto a situação financeira geral da empresa foi avaliada como ruim por 26,6% dos respondentes e, por fim, 58,7% responderam que teve aumento dos preços das matérias-primas utilizadas.