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Economia

Inflação desacelera para todas as faixas de renda em junho

O segmento de renda alta teve queda mais significativa, que registrou inflação de 0,04%

Por Lucas Mamédio | 15/07/2024 16:28
As famílias de renda alta foram favorecidas pela queda das tarifas aéreas e dos transportes por aplicativo (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
As famílias de renda alta foram favorecidas pela queda das tarifas aéreas e dos transportes por aplicativo (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Todas as faixas de renda pesquisadas em junho em comparação ao ano passado levantado pelo Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda apontou uma desaceleração da inflação para todas as faixas.

O segmento de renda alta teve mais queda. Após um aumento de 0,46% em maio, registrou a inflação de 0,04% em junho. Já para as famílias de renda muito baixa, a desaceleração da inflação passou de 0,48% em abril para 0,29% em maio e junho.

As famílias de renda alta foram favorecidas pela queda das tarifas aéreas e dos transportes por aplicativo. Enquanto isso, as famílias de menor renda, além de não serem beneficiadas pela deflação das passagens aéreas, foram impactadas, em maior intensidade, pelo aumento dos preços dos alimentos no domicílio.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (15) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e indicam que a alta dos preços dos alimentos ao longo do ano é o principal fator de pressão sobre a inflação da classe de renda muito baixa, cuja taxa acumulada de 2,87% em 2024 situa-se bem acima da registrada pelo estrato de renda alta (1,64%).

Os dados acumulados em 12 meses, no entanto, mostram que as famílias de renda muito baixa ainda apresentam a menor taxa de inflação (3,66%), enquanto as famílias de renda alta possuem uma taxa mais elevada (4,79%).

Alimentos - Os grupos alimentação e bebidas, e saúde e cuidados pessoais se constituíram nos principais focos de pressão inflacionária para praticamente todas as classes de renda. Para alimentos e bebidas, mesmo com as deflações registradas para frutas (-2,6%), das carnes (-0,47%) e das aves e ovos (-0,34%), os reajustes dos cereais, impulsionados pela alta do arroz (2,3%), dos tubérculos (2,0%) e dos leites e derivados (3,8%), entre outros, explicam a alta dos preços dos alimentos no domicílio em junho.

SaúdeEm relação ao grupo saúde e cuidados pessoais, houve impactado pelos reajustes dos produtos farmacêuticos (0,52%) e de higiene pessoal (0,77%), além dos serviços médicos, como hospital e laboratório (1,0%) e planos de saúde (0,37%).

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