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Economia

J&F dá início às negociações para vender Eldorado a grupo chileno

Assinatura de contrato de confidencialidade é indício de que o negócio está em vias de ser fechado.

Ricardo Campos Jr. | 17/06/2017 10:24
Eldorado pertence ao grupo J&F e é uma das gigantes brasileiras de celulose. (Foto: Divulgação)
Eldorado pertence ao grupo J&F e é uma das gigantes brasileiras de celulose. (Foto: Divulgação)

O grupo J&F assinou um contrato de confidencialidade com a companhia chilena Arauco para negociar a venda da Eldorado Brasil, localizada em Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande. A empresa estrangeira ofereceu R$ 11 bilhões pela fábrica de celulose e o termo é um indício de que o negócio está em vias de ser fechado.

A Fibria, que pertence ao grupo Votorantin, começa a ficar para trás na disputa pelos ativos. A empresa demonstrou interesse em adquirir a unidade e a compra seria interessante, já que ela está a poucos quilômetros da Eldorado. Já a Suzano, que também tinha intenção de oferecer uma proposta, recuou.

O que pesa na decisão de ambas é o acordo de leniência que busca aval da 5ª turma do STF (Superior Tribunal Federal) e o TCU (Tribunal de Contas da União), resultado da delação dos irmãos Batista, donos do grupo J&F, ao MPF (Ministério Público Federal).

Segundo informações divulgadas pelo jornal Estado de S. Paulo, a Arauco contratou o Santander para assessorá-la na transação.

Joesley e Wesley Batista estão negociando pessoalmente não apenas a Eldorado, mas de outras empresas do grupo, que incluem desde a fábrica de calçados Alpargatas S.A até ativos do setor energético.

Fontes próximas ao JBS consultadas pelo Estadão revelam que os empresários não descartam vender parte dos empreendimentos do grupo nos Estados Unidos, onde se concentram operações de carne, mas o objetivo é preservar ao máximo essa divisão, já que ela responde por mais de 80% do faturamento do grupo, que girou em torno de R$ 170 bilhões em 2016.

Venda - Após delação que acusou de crimes a cúpula da política brasileira, os irmãos Wesley e Joesley Batista iniciaram um processo de capitalização, com venda de seus negócios. Unidades do JBS na Argentina, Paraguai e Uruguai já foram vendidos.

Ontem, a agência de classificação de risco S&P (Standard & Poor's), a família Batista, pretende vender, em curto prazo, R$ 8 bilhões em ativos da holding J&F. Na relação de negócios a serem comercializados, pode estar a fábrica sul-mato-grossense.

A venda trás incertezas para a economia sul-mato-grossense, há anos pautada na celulose. Junto com a Fibria, a Eldorado é responsável pelo título de Capital Mundial da celulose dado à Três Lagoas.

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