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Economia

Lei sobe de R$ 495 para até RS 1,7 mil custo para ser motorista de aplicativo

Cadastro na Agetran é gratuito, mas exige exame toxicológico, curso de taxista e inscrição no INSS

Caroline Maldonado | 16/02/2022 13:26
Motorista de aplicativo durante trabalho na Capital. (Foto: Henrique Kawaminami)
Motorista de aplicativo durante trabalho na Capital. (Foto: Henrique Kawaminami)

Após anos de discussões sobre as atividades dos motoristas de aplicativo, a lei municipal que regulamenta a atividade foi sancionada em dezembro de 2021 e passou a vigorar na última segunda-feira (14), com alguns prazos diferentes para as exigências, que incluem cadastro na prefeitura, curso, exame toxicológico, contribuição com INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Com isso, o custo para ser motorista passa de R$ 495 para até R$ 1,7 mil.

O cadastro está aberto e a lei prevê multas, mas a prefeitura não detalhou ainda como fará a fiscalização. Atualmente, os aplicativos exigem do motorista apenas o EAR (Exerce Atividade Remunerada) na CNH (Carteira Nacional de Habilitação), que hoje, custa R$ 495, pois o condutor tem que renovar a carteira para incluir o EAR.

A guia de pagamento da renovação é de R$ 237,73, do exame médico é R$ 106,39 e do exame psicológico é R$ 151,04.

Para se adequar a lei, os motoristas terão mais custos com documentos exigidos para o cadastro que deve ser feito na Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) até o dia 31 de março, exclusivamente pelo site do órgão. Já o cadastro é gratuito com validade de três anos. Clique aqui para acessar o site para cadastramento.

O curso e exame toxicológico só serão exigidos após seis meses da data da publicação da Lei 6.747, de 15 de dezembro de 2021, ou seja, a partir de 16 de junho deste ano. Mesmo assim, o motorista já pode fazer o cadastro informando outros documentos do veículo e pessoais, como certidões de antecedentes criminais e cartão de inscrição municipal.

Motorista de aplicativo durante trabalho na Capital. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Motorista de aplicativo durante trabalho na Capital. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

O exame toxicológico custa em torno de R$ 150 em laboratórios da Capital e o curso, que é o mesmo exigido aos taxistas, chega a R$ 1 mil em autoescola. Muitas autoescolas da Capital não oferecem esse curso.

A reportagem entrou em contato com quatro autoescolas, mas apenas uma informou que oferece o curso. Por telefone, o atendimento ao público do Senat (Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte) informa que vai oferecer o curso voltado aos motoristas de aplicativo, mas não tem data e nem valor definidos. Em geral, os cursos do Sest são mais baratos do que os oferecidos no mercado, pois a entidade é voltada para apoiar setores que movem a economia.

O cadastro da Agetran exige ainda comprovante de inscrição no INSS ou de MEI (Microempreendedor Individual). O plano simplificado de contribuição é de 11% do valor do salário mínimo, que atualmente é R$ 1.212, o que dá R$ 133,32 por mês. A opção mais barata é fazer o MEI, que cobra 5% do valor do salário mínimo, ou seja, R$ 60,60 por mês.

Fazendo as contas, quem for se adequar a lei municipal vai gastar total de R$ 1.705,60, contando com a primeira contribuição mensal de MEI.

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