Longe das grandes marcas, comércio dos bairros lucra no fim do ano
Há comerciantes que diseeram que houve até aumento nas vendas em relação ao ano passado
Nada de grandes marcas. O comércio dos bairros está recheado de compradores que querem produtos mais baratos e perto de casa. Dos supermercados às lojas de roupas e padarias, o movimento de clientes nas lojas da periferia é bom, segundo os comerciantes e há quem diga que houve até aumento nas vendas em relação ao ano passado.
Dona de uma loja de roupas no bairro Marta do Jacinto, Cristina Martinez, de 32 anos, relembra as vendas de fim de ano de 2023 e avalia que neste ano já lucrou pelo menos 30% a mais que no ano passado.
“Acho que lucrei uns 30% a mais do que no ano passado, de dezembro do ano passado. Eu acho que assim, a economia deu uma melhoradinha também, e melhorou nas vendas. O atendimento mais exclusivo também ajuda. Eu sei quem são minhas clientes, acabo tendo uma amizade, ajudo a escolher as roupas”, analisa. Ela tem a loja no bairro há quase sete anos e diz que conseguiu captar uma boa clientela.
Sobre os tipos de roupa que vende, Cristina conta que a busca para as festas de fim de ano são pelas cores. “Pro Ano Novo parece que eles estão seguindo muito a numerologia, percebendo quais serão as cores do ano próximo, aí agora estão pedindo muito dourado, branco ou amarelo. Bastante gente ainda quer o tradicional branco, mas eles vêm mais atrás do que vai ser a cor do ano”.
Em uma das padarias do bairro, Daiana Nellis, 30, conta que até há clientes que vêm de longe, mas grande parte é da mesma região. “A maioria dos meus clientes são aqui da região, mas tem pessoas também de outras localidades, porque a gente tem Instagram, tem Facebook, então a gente faz bastante postagem, né?”.
A comerciante revela que a procura por sobremesas é maior que por pratos salgados. “As pessoas pedem mais pudim, pavê, bombom aberto de uva, de morango, o pessoal tá gostando mais das sobremesas mesmo”, avalia, ao reforçar que alguns clientes, para garantir a compra, fizeram o pedido com dois meses de antecedência.
Perto dali, no bairro Estrela do Sul, a cabeleireira Aparecida Gimenez, 56, diz que o movimento de fim de ano é sempre melhor que durante as datas comuns. “Acho que na véspera do Ano Novo vai dar um movimento um pouco maior. Na véspera do Natal foram umas oito pessoas, mas nas semanas normais é um pouco menos. É bem variado”, comentou.
No bairro Parati, a lojista Eliane Alencar, 30, mantém uma loja de roupas e apesar de dizer que não houve alteração no volume de vendas em relação ao ano passado, ela afirma que o movimento está sendo bom. “Este ano não se formaram as filas longas igual no ano passado, mas percebo que os clientes anteciparam as compras este ano e quem comprou pro Natal já comprou pro Ano Novo”.
Para essa época ela aumentou a quantidade de funcionários de dez para 22 e avalia que os clientes só acabam comprando nos shoppings ou no centro da cidade se não encontram o estilo de roupa que procuraram no próprio bairro.
Na mesma região, a encarregada de uma padaria, Eliane da Silva Mendes, 52, conta que o carro-chefe de vendas nesse período do ano é o pudim, mas que há também pedidos de salgadinhos. “Já temos pedidos pro Ano Novo, mas os principais foram feitos pro Natal”. Segundo ela, há mais encomendas no Natal porque é uma data “mais família”.
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