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Economia

Maior grupo de risco do corona, MS tem 199 mil idosos no mercado de trabalho

Levantamento aponta que metade da população idosa do Estado trabalha e ajuda no sustento da família

Rosana Siqueira | 07/05/2020 19:22
Casal de idosos caminhando de mãos dadas e usando máscaras para se proteger do coronavírus. (Foto: Henrique Kawaminami)
Casal de idosos caminhando de mãos dadas e usando máscaras para se proteger do coronavírus. (Foto: Henrique Kawaminami)

Mato Grosso do Sul tem hoje 398 mil idosos, segundo os dados do IBGE (Insituto Brasileiro de Geografia e Estatística) até o final do ano passado. Isso representa 14,6% da população do Estado. Este que é o grupo mais vulnerável a pandemia do coronavírus, tem pelo menos metade de sua população, ou 199 mil pessoas trabalhando no Estado.

Os dados constam de boletim divulgado esta semana pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio Econômicos – Dieese. O estudo mostra quantos são, como e com quem vivem, com o propósito de auxiliar o poder público nas tomadas de decisão em políticas direcionadas a essa parte da população.

Nos três últimos anos de 2019, a população considerada idosa (pessoas acima de 60 anos, segundo a Organização Mundial da Saúde-OMS) era de 34 milhões de cidadãos, que  viviam em 25,1 milhões dos 73,0 milhões de domicílios existentes no Brasil. Os números demonstram que em 34,5% dos lares brasileiros, havia pelo menos uma pessoa com 60 anos ou mais.

Dessa população em MS com idade a partir de 60 anos, 83,5% moravam com outras pessoas e 16,5% viviam sozinhas. O  levantamento também indica que 23,4% moravam em domicílios onde alguém frequentava escola, apontando a importância da suspensão, por estados e municípios, das atividades escolares. Medida que além de proteger jovens e crianças do vírus, protege os familiares que vivem nas mesmas casas.

Metade dos idosos (50%) continuava a trabalhar no final do ano passado em MS, sendo que 7,9% tinham ocupação em áreas públicas ou veículos automotores. E parcela desse segmento colabora com o sustento dos lares onde vivem com outras pessoas. Em quase um quarto (24,9%)  dos domicílios no Brasil há idosos que contribuem com mais de 50% da renda domiciliar, através de pensões ou outros rendimentos.

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