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Economia

Marcado pela greve dos caminhoneiros, maio teve inflação de 0,21% na Capital

Apesar da alta na gasolina e no diesel, queda no preço do etanol equilibrou o resultado final

Ricardo Campos Jr. | 06/06/2018 13:50
Preço do diesel e da gasolina nesta quarta em Campo Grande: os dois combustíveis ficaram mais caros em maio (Foto: Marina Pacheco)
Preço do diesel e da gasolina nesta quarta em Campo Grande: os dois combustíveis ficaram mais caros em maio (Foto: Marina Pacheco)

Mesmo com o encarecimento dos combustíveis durante a greve dos caminhoneiros, a inflação de maio em Campo Grande fechou em 0,21%, dez pontos percentuais a menos que o índice calculado em abril pelo Nepes (Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais) da Uniderp.

Isso aconteceu porque embora a gasolina tenha ficado 1,40% mais cara e o diesel tenha subido 2,43%, o etanol ficou 5,75% mais barato e ajudou a praticamente anular a interferência do grupo Transportes, do qual todos esses itens fazem parte, no resultado final.

Por outro lado, os grupos Habitação e Alimentação subiram 0,57% e 0,63% respectivamente, puxando o IPC-CG (Índice de Preços ao Consumidor da Capital). Esses resultados podem estar relacionados com a greve dos transportes, que reduziu estoques e ofertas de alguns produtos adquiridos de outros estados.

Ajudaram a segurar a inflação os produtos dos seguimentos de Educação (- 0,39%); Despesas Pessoais (- 0,31%); Saúde (- 0,12%) e Vestuário (-0,44%).

O coordenador do Nepes/Uniderp, Celso Correia de Souza afirma que maio é um período que tradicionalmente tem baixas inflações.

No acumulado de janeiro a maio, a inflação passou para 0,92%. Nesse período destacam-se com altas inflações os grupos: Despesas Pessoais (3,24%), Habitação (2,40%); e Saúde (1,27%). Com deflação, aparece o grupo Transportes, com -1,89% nesse período.

Levando em conta os últimos 12 meses, o IPC-CG fechou em 2,08%, abaixo da meta inflacionária de 4,5% estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Os grupos com as maiores inflações do período são: Habitação (5,70%), Transportes (5,64%), e Despesas Pessoais (5,02%). A Alimentação permanece com deflação (-4,59%).

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