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Economia

Inflação de Campo Grande neste ano é a menor desde o início do Plano Real

Em março, gasolina e gás de cozinha foram os que mais puxaram os preços para baixo

Osvaldo Júnior | 16/04/2018 16:00
Gasolina ficou mais barata em março, mas alta acumulada em um ano é significativa
Gasolina ficou mais barata em março, mas alta acumulada em um ano é significativa

Com economia ainda retraída, desemprego e consumo em baixa, Campo Grande acumula, neste ano, inflação de 0,40%, a menor para o primeiro trimestre desde o início do Plano Real, em 1994. Em março, houve deflação de de 0,19%, o menor IPC/CG (Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande) para o período em 18 anos, conforme cálculos do Nepes (Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais) da Uniderp. A gasolina e o gás de cozinha foram os produtos que mais contribuíram para o resultado do mês passado.

" A inflação nesses três primeiros meses do ano de 2018, em Campo Grande, foi de 0,40%, taxa mais baixa desde o início da série histórica do IPC/CG, em 1994”, nota o coordenador do Nepes/Uniderp, Celso Correia de Souza.

Para ele, além da superoferta de grãos, o que puxa para baixo os preços de diversos itens, a variação modesta dos preços decorre do “alto nível de desemprego e as altas taxas de juros, que provocam o endividamento da população e freia o consumo, inclusive de alimentos".

Gasolina e gás – Em março, especificamente, a variação foi a menor desde igual mês de 2000. O preço da gasolina caiu 4,85% no mês passado na comparação com o valor de fevereiro. No mesmo comparativo, o custo do gás de cozinha teve queda de 7,51%.

Esses dois produtos têm os preços administrados pelo governo federal, mas apenas o gás teve os valores às distribuidoras reduzidos pela Petrobras. Quanto a gasolina, a petrolífera tem elevado os preços, o que indica que o custo menor na bomba se relaciona à concorrência entre os postos.

Mesmo mais baratos no mês de março, a gasolina e o gás de cozinha estão muito mais caros que no ano passado. Conforme a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o preço médio do gás, neste mês, é de R$ 76,49, alta de 15,17% sobre o valor médio de abril de 2017, de R$ 6,41. No mesmo intervalo, o custo da gasolina majorou 15,3%, de R$ 3,475 para R$ 4,007.

Outros – Além da gasolina e do gás de cozinha, também tiveram deflações acentuadas no mês passado os seguintes produtos: sabão em pó (-7,51%), frango resfriado (-3,63%), sabonete (-4,93%), creme dental (-7,39%), fio dental (-7,48%), ovos (-7,91%), paleta (-0,02%) e açúcar (-3,76%).

Abaixo – Com o acumulado de 0,40%, o menor da série histórica do IPC/CG, Campo Grande deve fechar o ano com inflação muito abaixo da meta do CMN (Conselho Monetário Nacional), de 4,5%.

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