Mesmo com 1ª parcela do décimo, movimento é baixo no comércio
Lojistas continuam confiantes e esperam ver mercado aquecer nas vésperas de natal
O movimento no centro de Campo Grande é grande neste mês de dezembro, mas os consumidores apresentam uma característica um tanto diferente. De acordo com os lojistas do centro da Capital, o grande movimento é de pessoas que estão usando o 13º para pagar suas dívidas, e que poucos estão na rua para comprar.
“O movimento está bem fraco, mesmo com a primeira parcela do décimo terceiro, mas é claro que as vendas estão melhores que nos outros meses deste ano. A gente percebe que o pessoal está segurando dinheiro, vem ao centro só para pagar contas, mas a nossa expectativa é que melhore depois do dia 20”, conta a gerente de uma loja de cosméticos, Paola Américo.
A técnica de enfermagem, Ana Helena, de 47 anos, foi ao centro da cidade hoje, mas diz que não vai comprar por enquanto. “Eu vim mais para dar uma olhada, a gente espera o natal passar para conseguir encontrar as coisas mais em conta. Eu estou levando hoje só uma calça nova para meu filho, mas presentes mesmo só depois do natal”, afirma.
Os comerciantes esperam que o campo-grandense compre mais depois do dia 20. “Aquele jeito brasileiro de deixar para a última hora”, afirma o lojista Djalma Santos. De acordo com ele, já é possível observar uma melhora de 20% nas vendas deste fim de ano, se comparado ao ano passado, e que a expectativa é sempre das melhores.
“Esse ano as pessoas podem se reunir com os amigos, com as famílias e as pessoas querem comprar. É certo que se compararmos a 2019 o movimento é baixo, mas eu acredito que só vamos voltar a atividade plena em 2022 mesmo, mas não podemos negar que estamos vivendo um momento melhor", pontua o comerciante.
Confiança - A confiança do empresário do comércio apresentou um aumento de 3,7%
para dezembro, chegando a 129,3 pontos. Quase metade dos entrevistados acreditam que a condição econômica do país aumentou e isso pode refletir no setor.
“Mas acredito que voltaremos a vender o mesmo que antes da pandemia em março do
próximo ano, depois do carnaval. Hoje o movimento é bem menor do que esperávamos para este período, mas o volume de vendas é satisfatório”, aponta o líder de departamento de uma loja de roupas da Capital, Leonardo Cleto Rodrigues.