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Economia

MS reduz abate de bovinos em 20%, mas mantém atividades em suínos e aves

No Estado o recuo nos abates ficou em 90,5 mil cabeças no primeiro trimestre do ano

Rosana Siqueira | 14/06/2020 08:15
Volume de abates de bovinos teve queda mas demanda foi elevada (Arquivo)
Volume de abates de bovinos teve queda mas demanda foi elevada (Arquivo)

O abate de bovinos em Mato Grosso do Sul caiu em 90,5 mil cabeças no primeiro trimestre de 2020, No geral foram abatidas mais de 803 mil reses apontou nesta semana o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), enquanto os abates de frango e suínos registraram recordes.

Na comparação com o quarto trimestre de 2019, a queda foi de 10,2%, segundo o IBGE, que não detalhou razões para o resultado, mas afirmou ter registrado recuo nos abates em 20 Estados —incluindo Mato Grosso, principal Estado no abate de bovinos, onde houve retração de 120,7 mil cabeças. MS fica em segundo lugar com 11,2% do mercado nscional.

O Estado do Centro-Oeste teve participação nacional de 17% no abate de bovinos no período, o equivalente a cerca de 1,23 milhão de cabeças.

Ainda em março, frigoríficos do país começaram a reduzir as operações de abate e os volumes de produção de carne bovina como estratégia para combater o novo coronavírus, diminuindo, assim, a circulação de pessoas nas unidades.

Mesmo com a medida, o registro de casos positivos da Covid-19 entre funcionários de frigoríficos é crescente.

RECORDES - Por outro lado, o abate de frangos no Brasil atingiu no primeiro trimestre um novo recorde na série histórica do IBGE, que remete a 1987, com 1,51 bilhão de cabeças abatidas, avanço de 5% na comparação anual e de 2,8% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Em MS foram 5,4 milhões de unidades a mais abatidas. O instituto destacou um salto de 38,31 milhões na quantidade de cabeças abatidas no Paraná, líder do quesito no país, com 33,5% da participação nacional —o equivalente a cerca de 500 milhões de animais.

O abate de suínos também obteve forte resultado nos três primeiros meses de 2020, atingindo 11,88 milhões de cabeças, recorde histórico para um primeiro trimestre. No ano a ano, a alta foi de 5,2%, embora na comparação com o quarto trimestre de 2019 seja verificada leve queda de 0,2%. Em MS foram mais 41,34 cabeças de suínos.

Principal Estado no abate de suínos no país, Santa Catarina registrou 28,3% da participação nacional no período, com avanço de 352,09 mil cabeças, de acordo com o IBGE.

Considerando a queda no consumo interno de carnes causado pela pandemia, o avanço na produção tem sido impulsionado pelas exportações, principalmente para a China. O país asiático se tornou o principal destino de frango e suínos do Brasil, em meio ao surto de peste suína africana nos plantéis chineses.

No acumulado do ano, o volume de frango exportado chegou a 1,764 milhão de toneladas, 4,9% acima do efetivado entre janeiro e maio de 2019, com 1,681 milhão, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Os embarques de carne suína cresceram 34% no período, para 383,2 mil toneladas.

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