Negociação entre bancários e patrões emperra e greve vai continuar
A greve dos bancários, que acontece em todo o país, vai continuar pelo menos até quinta-feira (15) - quando completará 10 dias e ocorrerá mais uma rodada de negociação. Nesta terça-feira (13), não houve acordo entre os representantes dos funcionários e dos patrões, em reunião ocorrida em São Paulo (SP).
O encontro terminou no início desta noite e, nele, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) manteve a proposta da reunião de sexta-feira (9), quando foi oferecido reajuste salarial de 7%, mais abono de R$ 3,3 mil.
Representada pelo Comando Nacional dos Bancários nas negociações, a categoria pede R$ 14,78 de reajuste - valor que cobriria a inflação dos últimos 12 meses e ainda daria ganho real de 5% para os trabalhadores.
Também são cobrados compromissos dos bancos com os bancários, garantindo combate às metas abusivas de trabalho e ao assédio moral, além do fim das demissões, ampliação das contratações, redução das terceirizações e oferecimento de mais segurança nas agências bancárias. Os trabalhadores também pedem auxílio educação.
Hoje, que foi o oitavo dia da paralisação, Comando e Fenaban chegaram à sétima rodada de negociações. A oitava reunião deve acontecer quinta-feira (15), às 16h, novamente em São Paulo. O Comando Nacional orienta que as greves devem continuar e ser ainda mais fortalecidas em todo o país.
Nesta terça-feira, segundo dados do Seeb-CG (Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região), a adesão na Capital já chega a 82,5%, com 99 das 120 agências da cidade fechadas, enquanto que na região, 123 não abriram as portas.
