Nem alta no preço vai diminuir a quantidade de arroz no marmitex
Para alguns marmiteiros, uma decepção. O aumento no preço do grão era a chance de ter almoço mais variado.
Nem o preço nas alturas vai fazer restaurantes reduzirem a quantidade do insubstituível arroz nas marmitex, para a decepção de alguns dos "marmiteiros de plantão". A explicação das marmitarias está no estoque ou redução de outros custos, se necessário.
Gerente da Eskina do Frango, na Rodolfo José Pinho, Maria de Lourdes, explica que as marmitex têm arroz e feijão todos os dias, o que mudam são as “misturas”. O restaurante, porém, tem estoque suficiente para manter, pelo menos por enquanto, o preço e a quantidade de arroz nos “pratos de isopor”.
“Ainda não precisamos diminuir a quantidade das marmitex. Se começar afetar, a gente vai ter que começar atender de acordo com cada cliente, vamos ter que nos adaptar e colocar alguma coisa para substituir”, afirma.
Proprietário do Sabor na Brasa há 11 anos, Pedro Rocha, de 56 anos, explica que faz a compra com distribuidor. “Antes de aumentar já tínhamos um estoque bom. Sempre temos que enfrentar esses problemas de aumento com os alimentos. Mas esses aumentos não são passados para os clientes. É repentino, vai voltar a baixar”, diz acreditar.
O empresário afirma que é difícil “mexer no arroz”. “Não dá para substituir. No caso da proteína, temos mais opções e sabemos que se mexermos na quantidade, vamos perder clientes”.
Quem recebe a "quentinha" todos os dias diz que até seria uma boa ideia que o arroz fosse substituído por outros alimentos, mais variados. “Não como todo o arroz que vem, mas em contrapartida, um trabalhador que tem um serviço mais pesado, como por exemplo, um pedreiro, vai sentir falta se diminuírem”, afirma cliente de marmitaria que conversou com o Campo Grande News.
Outro trabalhador, o motorista Pedro Peralta também reclama da marmita lotada de arroz. Pra ele, “a mistura tinha que ser o predominante”.
Alta no preço – O arroz teve alta de cerca de R$ 10 do mês passado para este início de setembro. Consumidores levaram um susto quando foram fazer o mercado depois do pagamento, na semana passada. Na Capital, a reportagem encontrou os pacotes de 5 kg a quase R$ 25.