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Economia

Nem salada salva consumidor: tomate sobe 12,41% e Ceasa prevê mais reajuste

Um dos principais fatores relatados pelos comerciantes é a questão climática

Por Izabela Cavalcanti e Gabi Cenciarelli | 12/02/2025 09:44
Nem salada salva consumidor: tomate sobe 12,41% e Ceasa prevê mais reajuste
Cebolas, cenouras e tomates dentro de cesta de supermercado (Foto: Marcos Maluf)

Nem a alface e o tomate livram o consumidor de gastar menos no supermercado. Conforme dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os produtos aumentaram em janeiro, 2,53%; 12,41%, respectivamente.

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Os preços de produtos como alface, tomate e cenoura aumentaram em Campo Grande, segundo o IPCA e comerciantes locais. A cesta básica teve uma leve queda de 0,79%, mas continua cara. O clima, com calor e chuva excessivos, afeta a produção e aumenta os custos. Consumidores sentem o impacto nos preços e na qualidade dos produtos.

Em um mês, a cebola teve aumento de 4,03%; hortaliças e verduras no geral, 3,41%; tubérculo, raízes e legumes, 2,75%; e repolho, 12,41%.

O custo da cesta básica em Campo Grande teve queda discreta de 0,79% em janeiro, atingindo o valor de R$ 764,24, mas continua entre as cinco mais caras, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Na Ceasa MS (Central de Abastecimento de Mato Grosso do Sul), alguns produtos já subiram e outros já estão programados para reajuste.

Nem salada salva consumidor: tomate sobe 12,41% e Ceasa prevê mais reajuste
Caixas com alface, descarregadas na Ceasa de Campo Grande (Foto: Gabi Cenciarelli)

Um dos principais fatores relatados pelos comerciantes é a questão climática: calor e chuva demais.

A gerente Du Galo Hortifrúti, Dirce Lauriane, explica que a cenoura é o produto que se perde mais rápido por conta do calor. No local, a caixa com 23 kg de tomate, custa R$ 150; e 20 kg de cenoura, R$ 70.

“A cenoura perde em minutos, saiu da terra ela tem que ser lavada, passar por todo o processo de higienização. Então, até chegar aqui, ser embalada, ela vem resfriada e aqui o que nosso clima é muito quente, e se perde muito rápido”, disse.

Nem salada salva consumidor: tomate sobe 12,41% e Ceasa prevê mais reajuste
Caixas cheias de tomate, descarregadas na Ceasa de Campo Grande (Foto: Gabi Cenciarelli)

Já para o tomate, o problema é muita chuva, segundo ele. “O tomate como já é na terra, automaticamente alaga a roça, daí é onde ele estraga também. Então, vai cair do pé e vai estragar, ele murcha, não serve para venda mais”, completou.

O gerente da Berti Hortifrúti, Edebrand Bueno, também associa o aumento dos produtos à chuva. Na banca, a caixa com 20 kg de cenouras está R$ 60, mas já deve subir na próxima semana para R$ 70.

“A cenoura é o problema dessa época do ano, porque muita chuva com muito calor, ela começa a derreter dentro da terra, porque ela está úmida. Por causa disso, semana que vem já vai aumentar bastante, não vai ter jeito”, pontuou.

Na banca Santo Antônio, a caixa com 24 unidades de alface-crespa aumentou 57,1%, saindo de R$ 35 para R$ 55. A alface americana está custando R$ 50 com 14 unidades.

Cotidiano - A professora, Márcia Rodrigues, de 38 anos, estava saindo da academia onde malha na Mata do Jacinto. Ela conta que tem sentido bastante diferença nos preços.

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Márcia dando entrevista em frente à academia onde malha (Foto: Marcos Maluf)

“Está bem caro, tem que aproveitar aquele dia de oferta. Tomate, banana, anda muito caro. Estou sentindo diferença nas folhas, a alface está bem cara e não está tão bonita como antigamente. Antes a gente achava as folhas mais bonitas. Hoje está bem murchinho e o preço está maior. Então, está difícil”, ressaltou.

A psicóloga, Carolina Vendramini, e 45 anos, estava saindo do mercado, e disse que o preço tem impactado na rotina.

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Carolina em frente ao supermercado, dando entrevista (Foto: Marcos Maluf)

“O preço influencia na quantidade, acaba reduzindo ou não comprando o produto, e acaba comendo menos saudável. Tenho comprado menos”, relatou.

A aposentada, Ione de Lima, de 64 anos, também percebeu a mesma realidade. “Não é fácil, está aumentando, têm dias que o tomate está valendo ouro. Tem que comer, têm os filhos para comer, então tem que comprar”, finalizou.

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