Pandemia cria legião de 97 mil trabalhadores com emprego, mas sem salário em MS
Número de pessoas com contratos suspensos representa 7,4% dos 1.310 milhão de trabalhadores de MS
Ao menos 97 mil trabalhadores sul-mato-grossenses tiveram seus contratos de serviço suspensos durante o mês de maio e não receberam salário, de acordo com a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Covid-19 mensal, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O número representa 7,4% dos 1.310 milhão de trabalhadores com 14 anos ou mais que integram a força de trabalho no Estado, e cria uma nova realidade no mercado: a de empregados, sem salário. São pessoas que, apesar de não serem demitidos, seguem sem receber.
Por outro lado, 127 mil trabalhadores ficaram sem remuneração no quinto mês de 2020. A taxa de desocupação representa 9,7%. Segundo o IBGE, o Estado conta com 835 mil pessoas fora da força de trabalho.
A pesquisa aponta que 240 mil pessoas estavam sem ocupação e não procuraram trabalho, mas gostariam, enquanto 124 mil trabalhadores estavam sem ocupação por conta da pandemia ou falta de trabalho na localidade, mas que gostariam de trabalhar.
A PNAD Covid também aponta que 7,2% do total de pessoas ocupadas trabalharam de forma remota em maio devido à pandemia do novo coronavírus.
Segundo o IBGE, 1.036 milhão de trabalhadores não foram afastados dos seus postos, mas 387 mil se enquadram como ocupados, mas na informalidade.
A pesquisa também aponta que 301 pessoas ocupadas tiveram o rendimento menor que o normalmente recebido. Por outro lado, 26 mil pessoas dentro da taxa de ocupação tiveram rendimento efeito maior.
De acordo com o IBGE, 35,4% dos domicílios receberam auxílio emergencial. O rendimento real domiciliar per capita médio efetivamente recebido foi de R$ 1.453.