Para Verruck, decisões de Trump podem favorecer a Rota Bioceânica
Na visão do secretário, crise de gestão do Canal do Panamá colocam a Rota Bioceânica em foco no mercado
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Os movimentos do presidente dos EUA, Donald Trump, podem favorecer Mato Grosso do Sul quando o assunto é a Rota Bioceânica. Durante entrevista ao Podcast Na Íntegra, o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, falou como o “conflito de gestão” que atinge o Canal do Panamá tornam a Rota Bioceânica relevante no cenário internacional.
RESUMO
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Os movimentos do presidente dos EUA, Donald Trump, podem beneficiar Mato Grosso do Sul em relação à Rota Bioceânica. Jaime Verruck, secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, destacou que a crise de gestão no Canal do Panamá, administrado pela China, pode tornar a Rota Bioceânica mais relevante. Verruck também criticou a saída dos EUA do Acordo de Paris, afirmando que isso agrava a crise climática. A Rota Bioceânica, quando concluída, pode se tornar uma alternativa logística importante, especialmente para o mercado asiático, caso o conflito de gestão no Canal do Panamá persista.
Ao falar sobre a política voltada às questões ambientais, Verruck pontuou que as decisões de Donald Trump, como retirar os EUA do Acordo de Paris - pacto assinado pela comunidade internacional em 2025 -, não reverte a crise climática e que essa pauta não é de estado e sim de mundo.
“Os fatos não mudam, vamos continuar na crise climática. Ele (Trump) só agrava a situação e, talvez, obrigaria os outros países a terem metas ainda mais fortes em relação a isso”, destacou.
Seguindo nesse caminho, o secretário estadual repercutiu que o Governo de Mato Grosso do Sul tem acompanhado as notícias e decisões do presidente norte-americano. Uma das mais recentes é sobre sua intenção de recuperar o Canal do Panamá, já que a China estaria administrando a hidrovia que não a pertence.
Hoje, Jaime Verruck disse que essa possível crise de gestão, futuramente, levaria a Rota Bioceânica para outro patamar. “Já olhamos muitas das medidas do ponto de vista ambiental que ele tomou, sobre o ponto de logística, o Canal do Panamá e tem algumas que vão nos favorecer do ponto de vista da estratégia”, explicou.
Para contextualizar como o Canal do Panamá tem a perder caso os EUA afete os negócios da China, ele citou como esse último é um país importante para a economia do Estado. “A nossa exportação de minério é muito concentrada na China, no mês de janeiro tudo que nós exportamos, 40% foi para a China. É o principal parceiro de Mato Grosso do Sul”, enfatizou.
Na sequência, o secretário estadual comentou como a Rota Bioceânica, quando concluída, poderá ser uma opção para esse mercado.
“Talvez todo esse movimento intensifique a rota, ela passa a ser mais relevante do ponto de vista desse mercado. [...] Com esse conflito de gestão (no Portal do Panamá) você vai ter um travamento. Os produtos brasileiros que vão para o mercado asiático, eles passam pelo Canal do Panamá. Quanto mais tiver esse conflito de gestão, mais favorece a Rota”, concluiu.
A entrevista completa do secretário para o Podcast Na Íntegra pode ser conferida na matéria publicada na manhã desta terça-feira (11).
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