Pesquisar produtos é alternativa para economizar com materiais escolares
Depois das festas de fim de ano, a atenção de quem tem filhos na escola se volta para a compra do material escolar. Com o desafio de equilibrar o orçamento doméstico, os pais começam a movimentar as papelarias em busca de preços baixos e qualidade. Além disso, aproveitam para fugir das filas e do tumulto, que geralmente começa no fim de janeiro e início de fevereiro.
Com a lista em mãos, a professora Maria Helena Felícia, 44 anos, pesquisava o melhor preço para comprar o material dos filhos de 5 e 14 anos. A mãe conta que do mais velho pagou pelo material na escola e não precisava comprar muita coisa, mas para o caçula iria gastar mais de R$ 400 na compra de tudo que o colégio pediu, inclusive os livros. “Eu pesquiso antes e procuro sempre o preço mais em conta valorizando o produto”, diz.
O gerente da papelaria Shop Tudo, Felipe Fernandes, explica que dá para economizar e comprar com qualidade. Ele cita o exemplo de um caderno de 10 matérias de capa dura que custa R$ 6,99 e outro com a mesma quantidade de folha sai por R$ 33 por ser produto de lançamento e de personagem. “A gente trabalha com vários preços, que se a pessoa pesquisar da para fazer uma boa economia no final da compra”, afirma.
Ainda conforme Felipe, cadernos e mochilas são itens que na maioria das vezes estão em promoção na loja. Para atrair os clientes, alguns estabelecimentos do ramo dão desconto de até 5% para quem pagar a vista e, também, parcela 10x sem juros no cartão de crédito. “A gente fala que o nosso Natal é agora, pois as vendas aumentam muito no começo do ano”, destaca. Ele acrescenta que o número de funcionários também aumenta em torno de 50% para dar conta da demanda.
Justamente em busca de desconto, a caixa Juliana Magalhães Romero, 25 anos, pechinchava para comprar o material da filha Maria Vitória que vai cursar a 1ª série. “Estou comprando algumas coisas que faltaram, porque a compra da maioria dos itens fiz na sexta-feira (2)”, conta. Para poder fugir dos preços altos, dos quatro cadernos que estavam na cesta de Juliana, apenas um era de personagem que a filha escolheu. Ela ainda ia bater mais um pouco de perna para tentar um preço mais em conta na compra da mochila.
Para não ficar pagando o ano todo, a guarda municipal Andréa Matos, 33 anos, guardou parte do 13º para comprar o material da filha de 8 anos que vai para a 4ª série. “Eu tenho sorte que a escola dela não pede muita coisa, em vista de outras instituições”, diz.
Atenção - Pouco mais de um ano da lei que proíbe as escolas de incluírem nas listas produtos de uso coletivo, os pais devem ficar atentos. O Procon (Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor) alerta que hoje os pais não precisam mais fornecer produtos que não sejam utilizados exclusivamente pelo aluno como quantidades desproporcionais e incompatíveis com a série e a idade da criança.
Produtos como papel sulfite em grandes quantidades, papel higiênico, algodão, álcool, flanela, fita adesiva, CDs, giz para quadro negro, cartolina, estêncil, grampeador e grampos, papel para impressora, esponja para louça, talheres e copos descartáveis não precisam mais ser fornecidos, conforme a lei. O custo de material coletivo deve ser incluído no valor da anuidade escolar. Se a cobrança ocorrer os pais podem denunciar pelo telefone 151 do Procon ou no fale conosco do órgão, que pode ser acessado aqui.