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Economia

Preço de hortifruti dispara e cesta sobe 8,66% na Capital, o 2º maior no País

Caroline Maldonado | 09/12/2015 14:46
Batata está 51% em função de chuvas fortes na região produtora (Foto: Marcelo Calazans)
Batata está 51% em função de chuvas fortes na região produtora (Foto: Marcelo Calazans)

Batata, tomate e banana nanica ficaram muito mais caros neste mês e junto com outros alimentos elevaram o preço da cesta básica de Campo Grande em 8,66%, em novembro, na comparação com outubro. Para adquirir os itens, o campo-grandense agora gasta R$ 368,59, o que significa R$ 29,39 a mais em relação ao valor constatado em outubro, que era de R$ 339,20. Os dados são de levantamento divulgado hoje (9) pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconomicos).

Houve aumento do preço em todas as 18 Capitais e Campo Grande teve a segunda maior alta. Fazem parte da cesta básica considerada pela pesquisa, a carne bovina, leite, feijão, arroz, farinha de trigo, batata, tomate, pão francês, café em pó, banana nanica, açúcar, óleo de soja, e manteiga. Essa última foi a única a registrar queda no preço. A mateniga ficou 3,48% mais barata de um mês para ou outro.

A batata está 51% mais cara, o preço do tomate subiu 43% e a banana nanica teve alta de 24%. O aumento se deve as chuvas mais intensas do último mês e também a paralisação feita por caminhoneiros das regiões sul e sudeste, já que 80% dos hortifrutis consumidos na Capital vêm de outros Estados.

O açúcar custa 6% a mais. Óleo de soja, farinha de trigo e arroz tiveram aumento na casa dos 5%, enquanto feijão e café subiram mais de 4%. O preço do pão francês subiu 2,3%, do leite aumentou 1,4% e a carne teve alta de 0,83%. Os produtos que tiveram a maior elevação nos preços já vinham encarecendo nos meses anteriores, conforme o Dieese.

Preço do tomate subiu 43% em novembro (Foto: Marcelo Calazans)
Preço do tomate subiu 43% em novembro (Foto: Marcelo Calazans)

A desvalorização da moeda brasileira frente ao dólar americano continua influenciando negativamente o preço dos alimentos, especialmente das commodities, como o café e carne. A soja também está 5,23% mais cara. Nos últimos 100 dias, o dólar passou de R$ 3,13 para R$ 4,194. No caso da carne bovina, a restrição de animais para abate aliada a este cenário, resultou em variação acumulada de 16,96% em 12 meses.

O dólar afeta também a comercialização da farinho de trigo, pois a produção nacional tem sido insuficiente para abastecer a indústria do país, o que foi agravado pelo excesso de chuvas na região sul do país. Além da Argentina, Estados Unidos, Canadá e Rússia são os principais exportadores de trigo para o Brasil.

Com isso, além da conversão da moeda têm-se o preço do frete e em 12 meses a variação do produto foi de 3,34%. A produção de cana-de-açúcar tem investido mais na produção de etanol em vez de açúcar e além disso as chuvas tem influenciado, pois atrapalham a moagem da cana. A produção fica mais lenta e o preço sobe.

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