Preço de remédios vai aumentar ao menos 4,5% em abril
Na Capital, consumidores já estão sendo avisados sobre o reajuste
A partir do dia 1° de abril, as farmácias estão autorizadas a aumentar o preço dos medicamentos. Em Campo Grande, os consumidores já estão sendo avisados sobre o reajuste e, com isso, terão que preparar o bolso.
Conforme explica a conselheira do CRF-MS (Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul), Marianne Marks, o aumento estabelecido pela Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) é linear de 4,5%. O reajuste ocorre sempre no dia 31 de março de cada ano e é regulamentado pela Lei 10.742/2003, que estabelece as diretrizes.
“A alta de medicamentos ocorre anualmente. Então, todo ano a gente se prepara porque sempre tem atualização da lista. Tivemos uma pré-alta dupla, pois o IPCA subiu 0,83% em fevereiro”, explicou.
Ainda de acordo com Marianne, a orientação não é para que os consumidores façam estoque de qualquer tipo de remédio, e sim daqueles de uso contínuo.
“Quando falamos de pré-alta, claro que a gente não quer que a população faça o uso indevido de medicamentos ou faça estoque. A gente orienta que se tiver um uso contínuo dessa medicação, com prescrição médica, que faça compra pelo menos para o abastecimento adequado de acordo com a prescrição”, orientou.
O gerente de uma unidade da rede de farmácias Grupo Mais, Danilo Silva Moreira, explica que foi informado que o aumento pode chegar a até 10%. “Quando virar o mês, o nosso sistema já pega todo o banco de dados da indústria que vende os remédios”, disse.
Impacto – O administrador Vagner Alexandre Teixeira, de 49 anos, gastou R$ 350 para comprar remédio para garganta e ouvido do filho, que estão inflamados. Durante o atendimento, ele já foi avisado sobre o reajuste.
“Eu acho que não é o momento, está difícil a economia e nós estamos num momento um pouco de mudança climática, eu acho que tem muita doença acontecendo e fica difícil comprar. O farmacêutico falou assim: ‘vai ter reajuste', mas imagina para quanto vai? R$ 350 já é caro, isso vai para R$ 400, quer dizer, isso vai impactar no orçamento e nada de aumento salarial”, lamentou.
A aposentada Regina Centurião, de 71 anos, precisa gastar cerca de R$ 600 em remédios por mês.
"Eu uso remédio para pressão, diabetes e colesterol. Só que agora está normal, não precisei usar. Eu pego às vezes no posto, tem vezes que não tem e eu compro. Remédio para coluna, injeção, tudo eu compro, gasto uns R$ 500, R$ 600. Isso quando é pouca coisa, né?”, pontuou.
O cálculo é feito a partir do teto de preços com base no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), além de considerar também outros fatores. O reajuste ainda não foi publicado no Diário Oficial da União.
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