Prefeitura da Capital vende folha salarial por R$ 100,2 milhões
Bradesco venceu o certame e o Santander perdeu na diferença de R$ 50 mil
A folha salarial da Prefeitura de Campo Grande com 37.742 servidores ativos e inativos vai continuar sob a gestão do Banco Bradesco. A instituição financeira venceu o pregão presencial por R$ 100.200.000. O preço mínimo aceitável no pregão era de R$ 79.839.581,22.
O leilão foi realizado na última terça-feira (26), na sala de reuniões da Secomp (Secretaria-Executiva de Compras Governamentais), no Paço Municipal. Foram 203 lances, com o Bradesco e o Santander duelando nas propostas.
O prazo de vigência do contrato será de cinco anos contados da assinatura do contrato, sendo prorrogável por até dez anos.
O Santander começou com R$ 79.889.581,50, um pouco acima do valor mínimo, de R$ 79.839.581,22. Depois disso, os lances foram aumentando a cada R$ 50 mil, a diferença do montante em que o Santander perdeu para o Bradesco.
Impasse – O número de servidores aumentou, desde a primeira tentativa de venda da folha, em 2022. Nas licitações abertas em 2022 e 2023, o total era de 33.639 funcionários, entre ativos e inativos. Em 2022, o valor mínimo estabelecido foi de R$ 102,9 milhões, mas um adendo atualizou o valor para R$ 99,3 milhões.
No entanto, não houve interessados, e outro edital foi lançado, desta vez, com valor de R$ R$ 87,4 milhões que, novamente, acabou deserto em abril de 2023, ou seja, sem interessados.
Com isso, a prefeitura prorrogou o contrato com o Bradesco por meses, contando a partir de 5 de julho daquele ano até o mesmo período de 2024. O banco pagou o valor total de R$ 6,5 milhões em parcelas iguais e mensais de R$ 1.099.928,99.
Já em 2024, a abertura de novas propostas estava prevista para dia 23 de janeiro, mas a sessão foi suspensa no dia 19 do mesmo mês para que a prefeitura respondesse às instituições. Depois, a abertura das propostas passou para dia 26 de março.
Antes do certame agendado para janeiro, os bancos Santander, Bradesco, Banco Itaú e Caixa Econômica Federal enviaram vários questionamentos. Em todos os casos, pediam esclarecimento sobre a divergência apresentada entre o número de servidores licitados que era de 38.214 e a quantidade média de pagamentos realizados pelo Banco Bradesco nos últimos meses, que foi para 34.818.
A Secomp respondeu que a contração continuava estimada em R$ 79,8 milhões, mas que havia disparidade no número de servidores que seria corrigida em novo adendo.
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