Produção leiteira e integração lavoura-pecuária são destaques da VII Dinapec
Roteiro de produção leiteira e iLPF (Integração lavoura-pecuária-floresta) foram os destaque das VII edição da Dinapec – Dinâmica Agropecuária, promovida pela Embrapa nos dias 14,15 e 16 de março. O evento reuniu cerca de 1 mil visitantes de todo o canto do Brasil.
Um dos responsáveis pela organização deste ano, o engenheiro agrônomo Webster Cesário, 48 anos, da Embrapa Gado de Corte, afirmou que a feira reuniu 14 unidades e contou com 10 empresas parceiras que levaram à exposição novas tecnologias voltadas para o programa ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono).
O programa conta com seis tecnologias diferentes, entre elas o plantio direto e recuperação de pastagens de áreas degradadas.
Mas o destaque, segundo o engenheiro, que atua com supervisor de transferência de tecnologia, foi para o sistema agrosilvipastoril, que permite a produção, na mesma área, de pastagens, cultura – como soja, milho, feijão – e eucalipto, por exemplo.
O sistema de integração caracteriza-se por duas ou mais espécies de plantas, no mínimo. O objetivo é otimizar o uso da terra conciliando a produção florestal com a de alimentos, o que vai proporcionar a pressão de uso da terra para produção agrícola.
Neste modelo, os ciclos são mais longos e mais complexos. A ênfase vai para manutenção da produtividade e uso de múltiplos recursos.
Produção leiteira – A apresentação de tecnologias para produção leiteira contou com a colaboração da Embrapa do Acre e Rondônia, pecuária sudoeste, gado de leite e Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural).
Segundo Cesário, dentre os objetivos da tecnologia, destacaram-se o processo de higienização na ordenha e conforto do animal. “O animal sem estresse produz mais”, afirma.
A Embrapa Sudeste falou sobre a produção intensiva de leite a pasto. Já o órgão de Rondônia levou à feira a integração lavoura-pecuária e floresta, com produção leiteira.
Público diversificado - De acordo com a organização, a edição deste ano contou com maior participação de produtores rurais. Cerca de 40% a mais com relação ao ano passado.
“A gente está conseguindo colocar mais tecnologia disponível e diversificando o público, que vai desde aos assentados da reforma agrária aos empresários rurais”, disse Webster Cesário.