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Economia

Quaresma aumenta preço dos ovos nas distribuidoras

Baixa produção e alta procura fez com que o preço do produto aumentasse nas prateleiras

Por Izabela Cavalcanti e Idaicy Solano | 26/03/2024 11:13
Cartela com 30 ovos sendo vendida em estabelecimento no bairro Guanandi (Foto: Marcos Maluf)
Cartela com 30 ovos sendo vendida em estabelecimento no bairro Guanandi (Foto: Marcos Maluf)

Quem foi ao mercado nos últimos dias notou que o preço dos ovos aumentou. Isso porque a Quaresma, que vai até 28 de março, tem sido a principal responsável pela mudança, já que neste período muitas pessoas deixam de lado a carne e passam a consumir outros tipos de proteínas. Nas distribuidoras de Campo Grande, foi encontrado aumento de R$ 6 entre janeiro e março.

Além disso, a produção do produto também mexe no custo, o que ocasiona a lei da oferta e demanda. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em Mato Grosso do Sul, a produção caiu 3,5% se comparar o 3° e 4° trimestre de 2023. Em relação ao ano todo, foram 1,8 milhão de dúzias produzidas, alta de 2,4% em comparação com 2022.

Na visão do economista Eugênio Pavão, a demanda está em equilíbrio com a oferta. “A demanda cresceu devido ao preço da carne, além da época da Quaresma. A alta esperada na produção de ovos na Quaresma fica entre 20% e 30%. Observa-se que a demanda está em equilíbrio com a oferta, permitindo a regulação dos preços a valores de mercado”, pontuou.

Ele explica ainda que no caso dos estabelecimentos da Capital, a tendência é de preço alto. “Quando a demanda está maior que a oferta, a tendência é a alta de preços, pois faltam produtos no mercado e o equilíbrio se dá com maiores preços”, completou.

Vendas - Na Cooperovo, no bairro Guanandi, o aumento foi de 22,2% no ovo comum. Em janeiro deste ano, estava custando R$ 18 e em março passou para R$ 24 a cartela com 30 ovos.

Venda de ovos na Cooperovo, bairro Guanandi, em Campo Grande (Foto: Marcos Maluf)
Venda de ovos na Cooperovo, bairro Guanandi, em Campo Grande (Foto: Marcos Maluf)

Segundo a comerciante, Adriana Moraes, de 41 anos, o movimento ficou um pouco mais retraído devido ao preço. “Tem diminuído, provavelmente por causa do preço. Segundo as cooperativas de granja, aumentou a ração, gasolina, isso tudo influencia na entrega, o preço”, comentou.

Em média, ela paga de R$ 180 a R$ 200 a caixa que vem com 12 cartelas com 30 ovos. Ela vende a caixa completa por R$ 190 em média.

Na distribuidora de ovo Primavera, o preço saiu de R$ 14 para R$ 16 (14,2%). O proprietário Jean Oliveira, de 31 anos, explica que nessa época o consumo aumenta e a produção diminui.

“A produção chega a cair de 50% a 60% nessa época do ano, por causa da época de troca de penas das galinhas, que é quando produz menos. Houve aumento na procura, principalmente por parte dos católicos, que não comem carne no período da Quaresma”, disse.

O proprietário da Central do Ovo, Hélio Bordon Silva, de 42 anos, confirma a mudança no comportamento do consumidor.

Hélio Bordon, dono da distribuidora de ovo Primavera, no Jardim Panamá (Foto: Marcos Maluf)
Hélio Bordon, dono da distribuidora de ovo Primavera, no Jardim Panamá (Foto: Marcos Maluf)

“Nesse período de Quaresma, encontra um pouco mais caro por causa da demanda do ovo e a baixa produção”, disse.

No local, a procura aumentou 30%. “Esse período para nós é o melhor momento para se vender ovos”, destacou. A cartela com 30 ovos está sendo vendida por R$ 22.

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