Queda no preço do diesel ainda é "tímida" nos postos de combustíveis da Capital

Enquanto uns dizem que o valor já foi repassado ao consumidor final, outros ainda não têm nem previsão

Izabela Cavalcanti | 04/05/2023 12:59

Placa com preço do diesel em posto de combustível, localizado na Avenida Costa e Silva (Foto: Marcos Maluf)

A queda no preço do diesel tem chegado de forma lenta nos postos de combustíveis de Campo Grande. Na última sexta-feira (28), a Petrobras anunciou retração de R$ 0,38 (9,8%) no preço do produto para as distribuidoras, às vésperas de fixar o ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadoria e Serviços) a R$ 0,94 para todos os estados.

Segundo o diretor-executivo do Sinpetro-MS (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes de Mato Grosso do Sul), Edson Lazarotto, com a diferença do imposto e a queda nas bombas, a previsão é de que o reajuste para o consumidor sul-mato-grossense seja de R$ 0,10 a R$ 0,12, em média.

O gerente do posto Albatroz, Rafael Romero, diz que já repassou o novo valor na terça-feira (2), com redução de R$ 0,20. No posto que está localizado na Avenida Costa e Silva, o diesel S-10 estava custando R$ 5,79 e, agora, baixou para R$ 5,59.

“O diesel já vem diminuindo a mais ou menos um mês. Repassei a redução na terça-feira. Faz diferença no orçamento, pois praticamente as vendas empatam com a gasolina”, ressaltou.

Ainda de acordo com o responsável, por dia, são vendidos média de 6 mil litros de diesel, enquanto o da gasolina chega a 7 mil litros.

Caminhoneiro Genildo Lima dos Santos diz que percebeu a redução nas bombas (Foto: Marcos Maluf)

O caminhoneiro Genildo Lima dos Santos, de 42 anos, estava de passagem em Campo Grande, entregando carga de leite. De acordo com o trabalhador, ele vem à Capital uma vez por mês e já percebeu a diferença na hora de abastecer.

“Percebi um preço mais em conta. Esse mês já deu uma baixada. Mas não tem diferença se tem queda ou não, porque o salário não melhora”, lamentou.

Genildo comentou ainda que existe posto que só deixa dormir ou tomar banho se abastecer no mínimo 200 litros no caminhão. “Eles tiram de um lado para ganhar em outro”, completou.

No entanto, nem todos estão no mesmo rumo. Proprietário de um estabelecimento na Avenida Costa e Silva, que preferiu não se identificar, disse que a distribuidora ainda não repassou o novo valor.

“Ainda não chegou nada e não tem previsão. As distribuidoras seguram para não repassar. Elas [distribuidoras] falam que a diferença entre o imposto e a queda da Petrobras é de 6 centavos, mas a conta não fecha”, pontuou.

A mesma situação ocorre em outro posto localizado na mesma via. O gerente de pista, que preferiu não divulgar o nome, disse que como nenhum valor novo chegou ao posto, também não será repassado redução ao consumidor.