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Economia

Reajuste chega de vez aos postos e gasolina fica R$ 0,10 mais cara

Caroline Maldonado | 10/11/2014 10:18
Gasolina chega a R$ 3,099 em postos do Centro de Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio)
Gasolina chega a R$ 3,099 em postos do Centro de Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio)
Severino Falcão lamenta o novo preço mas não faz pesquisa para não se aborrecer (Foto: Marcos Ermínio)
Severino Falcão lamenta o novo preço mas não faz pesquisa para não se aborrecer (Foto: Marcos Ermínio)

A gasolina já ficou até dez centavos mais cara na Capital, com o reajuste 3% divulgado pela Petrobras na semana passada, e que agora chegou de vez aos postos . O campo-grandense que pagava em média R$ 2,999 pelo litro agora abastece por R$ 3,099. O aumento do preço do diesel foi de 5% para as refinarias, mas o reajuste nos postos também fica em torno de R$ 0,10 para o consumidor.

O preço do diesel comum chega a R$ 2,799 e do diesel "adivitado" a R$ 2,899. No interior do Estado, os preços ficaram ainda mais altos. Pesquisa do preço médio nos municípios na última semana divulgada no sábado (8) pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) mostra que em Paranaíba o preço do litro da gasolina já chega a R$ 3,368, em Dourados a média é de R$ 3,253 e em Corumbá está em R$ 3,232.

O valor do aumento repassado ao consumidor pode sofrer alterações nos próximos dias segundo o Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul). O supervisor técnico da entidade, Edson Lazaroto, explica que o reajuste depende ainda da concorrência entre os postos. “No primeiro momento, eles lançam um preço e e depois, lentamente, as coisas se adequam, mas acredito que vai ficar nesses patamares entre R$ 3,08 e R$ 3,14, o preço da gasolina”, afirma.

A medida é para ajustar um “rombo enorme na Petrobras”, avalia Edson, ao esclarecer que não tem como o reajuste chegar menos expressivo ao consumidor, já que os posto de combustíveis apenas calculam o custo junto a refinaria e repassam aos clientes. “A medida que o posto recebe o combustível com o valor reajustado vai repassando ao consumidor. É um aumento significativo, então não tem como absorver. O posto é o último elo na cadeia produtiva, ele é repassador do que acontece lá na frente”, justifica.

Os motivos do reajute explicam a situação, mas não convencem o consumidor. “É abusivo o aumento. O combustível é nosso, é do Brasil e nós estamos pagando esse preço”, lamenta o funcionário público Severino Falcão, 56 anos, morador de Anastásio, onde o preço médio do litro da gasolina ultrapassa R$ 3,010. “No interior o combustível chega mais caro por causa do transporte, mas isso aí nem adianta a gente ficar cuidando o preço, porque tem que abastecer mesmo”, diz.

A tristeza é maior porque com o aumento do combustível, o consumidor já sabe que o preço de produtos e serviços também vai subir. “O ruim é que vai subir tudo com isso. A passagem já vai subir também e não temos o que fazer”, diz o padeiro Ledsmar Romero, 27 anos.

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