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Economia

Refém de sucessivos reajustes de combustíveis, consumidor parece anestesiado

Fluxo nos postos de combustíveis da Capital não teve tanta alteração até o momento, apesar de novo reajuste

Lucia Morel e Geniffer Rafaela | 17/06/2022 14:55
Pequena fila em posto de combustível na Capital. (Foto: Kísie Ainoã)
Pequena fila em posto de combustível na Capital. (Foto: Kísie Ainoã)

A movimentação nos postos de combustíveis de Campo Grande não teve tanta alteração até o momento, apesar do anúncio de mais um aumento de preços nas bombas a partir de amanhã. Motoristas reféns dos sucessivos reajustes dizem que acabaram se acostumando e acomodando com o que parece não ter solução.

O corretor de imóveis Christian Boulbokan, 31 anos, já sabia do aumento e estava em um dos postos esta tarde. Ele falou à reportagem que foi abastecer seu veículo porque precisava, independente do reajuste. “Com tantos aumentos, a gente já está acostumado, vou seguindo o fluxo. Se precisar abastecer, eu abasteço”, comentou, ponderando que se não utilizasse tanto o carro, deixava de colocar combustível.

Se dizendo “acomodado”, o empresário Claiton Tavares, de 47 anos, disse que não tinha conhecimento que novo reajuste havia sido anunciado, mas que o combustível poderia aumentar até “R$ 20,00 ou R$ 30,00 que eu pagava”, ironizou. “Pessoal se acomodou, por isso que o preço só sobe. O preço vai subindo e ninguém faz nada. Eu também me acomodo porque sozinho não posso fazer nada”, lamentou.

A técnica em enfermagem Jaqueline da Silva, 40, também dá de ombros. “Eu vim por necessidade. Esse aumento assusta? Assusta! Mas a gente precisa continuar abastecendo. Eu tenho somente esse carro pra me locomover, então tenho que continuar abastecendo, mesmo com o preço aumentando”, se resigna.

Gerente de um dos postos de combustíveis visitados pela reportagem, Vanda Nogueira, 40 anos, afirma que até esta tarde a procura está maior que o normal, mas sem filas. Sobre o aumento no valor, acredita que a gasolina, principalmente, devera ter R$ 0,20 ou R$ 0,30 acrescidos em seu preço de venda ao consumidor. “Alguns clientes já estão comentando sobre o novo aumento, mas estão vindo abastecer mesmo assim”, comenta.

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