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Economia

Renda dos 1% mais ricos em MS é quase 30 vezes maior que a dos 50% mais pobres

Pesquisa do IBGE divulgada nesta quinta-feira revela desigualdade financeira entre sul-mato-grossenses

Guilherme Correia | 11/05/2023 11:49
Homem conta cédulas de dinheiro. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Homem conta cédulas de dinheiro. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta quinta-feira (11) dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) referentes ao rendimento da população em 2022. De acordo com o estudo, a renda da população 1% mais rica em Mato Grosso do Sul é 24,7 vezes maior do que a dos 50% mais pobres.

O levantamento revela que, em 2022, cerca de 62,9% da população do Estado possuía algum tipo de rendimento. Isso representa aproximadamente 1,76 milhão de pessoas. Mato Grosso do Sul teve o nono maior percentual de pessoas com rendimento entre as unidades da federação, sendo o maior percentual registrado no Rio Grande do Sul, com 69%, e o menor no Amazonas, com 50,9%.

Considerando todas as fontes de rendimento, a pesquisa aponta que o rendimento mensal real domiciliar per capita em Mato Grosso do Sul teve um aumento de 15% em relação a 2021, totalizando R$ 5,02 bilhões em 2022. Já a massa de rendimento mensal real de todos os trabalhos subiu 33,7% entre 2020 e 2022, chegando a R$ 3,9 bilhões. Esses números indicam uma recuperação após as perdas durante a pandemia.

Em relação ao rendimento médio mensal real de todas as fontes, Mato Grosso do Sul ocupa a sexta posição entre as unidades federativas, com valor de R$ 2.854. O Distrito Federal registrou o maior rendimento médio, com R$ 4.474, enquanto o Maranhão teve o menor, com R$ 1.529. O rendimento médio nacional em 2022 foi de R$ 2.533.

Os dados revelam também que o rendimento médio mensal real habitualmente recebido de todos os trabalhos teve um crescimento de 6,6% em relação a 2021, chegando a R$ 2.982 em 2022. O Estado ficou na quinta posição no ranking brasileiro.

O estudo destaca ainda a evolução dos programas sociais ao longo dos anos, que reflete nas estatísticas. O Bolsa Família atendeu a 108 mil domicílios em Mato Grosso do Sul em 2022, o maior número da série histórica. O BPC-Loas (Benefício de Prestação Continuada) foi recebido em 58 mil domicílios, enquanto outros programas sociais alcançaram 18 mil casas.

Morador caminhando por favela de Campo Grande (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Morador caminhando por favela de Campo Grande (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)


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