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Economia

Sem IPTU e IPVA, município registra deficit de R$ 34 milhões em março

Ricardo Campos Jr. | 20/04/2017 16:28
Prefeitura de Campo Grande: contas do mês de março apresentaram déficit (Foto: Fernando Antunes / arquivo)
Prefeitura de Campo Grande: contas do mês de março apresentaram déficit (Foto: Fernando Antunes / arquivo)
Secretário de Planejamento, Finanças e Controle de Campo Grande, Pedro Pedrossian Neto (Foto: Fernando Antunes / arquivo)
Secretário de Planejamento, Finanças e Controle de Campo Grande, Pedro Pedrossian Neto (Foto: Fernando Antunes / arquivo)

Depois de fechar o primeiro bimestre com as contas no azul, a Prefeitura de Campo Grande registrou deficit de R$ 34 milhões em março. O município gastou R$ 98 milhões só com a folha de pagamento, sendo esta sua despesa mais alta.

O secretário de Finanças e Planejamento, Pedro Pedrossian Neto, explica que janeiro e fevereiro são considerados atípicos por conta da entrada do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e da cota de IPVA (Imposto Sobre Propriedade de Veículos Automotores) nos cofres públicos. Esses dois impostos dão fôlego na gestão, ajudando a pagar as contas em dia.

“No primeiro bimestre você não tem a consciência real de qual a despesa e receita média do governo municipal. O mês de março já é normal e nós podemos constatar esse deficit. É a primeira vez que nós vemos a fotografia do governo e estamos trabalhando intensamente para contornar a situação”, afirmou ao Campo Grande News.

Pedrossian Neto afirma que na próxima semana será divulgado um balanço mais detalhado das finanças.

O titular da Sefin (Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento) também diz que o prefeito Marquinhos Trad (PSD) deve anunciar em breve uma série de medidas para contornar o deficit e evitar que mês a mês as contas de Campo Grande se transformem em uma “bola de neve”.

“Estamos há três semanas debruçados para ver como iremos cortar esse déficit”, afirma Pedrossian Neto.

Números – Além dos salários, a segunda maior despesa do município é com a Solurb, que administra a coleta de lixo urbana, com R$ 7,9 milhões.

Em terceiro lugar no ranking vem a operação tapa-buraco e o custeio de hospitais, que por mês custam R$ 7 milhões aos cofres públicos, cada. Em seguida aparece na lista o duodécimo da Câmara Municipal no valor de R$ 5,1 milhões.

Com relação às receitas, arrecadações com IPTU, ITBI (Imposto Sobre Transferência de Bens Imóveis) e ISS (Imposto Sobre Serviços) somam R$ 47.457.536, sendo a maior fonte de renda da Prefeitura da Capital.

O dinheiro do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) do Governo Federal vem em seguida adicionando R$ 6.910.703 na conta da cidade. O CFEM (mineração) e FEP (petróleo) rendem juntos R$ 170.504,84.

Já o ICMS estadual rendeu R$ 31.836.053,84 ao município e o IPVA, R$ 6.889.454,80.

Sem IPTU e IPVA, município registra deficit de R$ 34 milhões em março
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