Só gasolina sobe: postos ignoram ICMS menor e "congelam" preço do álcool
Governo reduziu ICMS do etanol e aumento o da gasolina para estimular o consumo do primeiro combustível
As placas dos os preços cobrados pelo litro da gasolina foram trocadas, mas as do valor do álcool não. Em pelos menos seis postos de combustíveis pelos quais o Campo Grande News passou na manhã desta quarta-feira (12) ou a velocidade para subir a gasolina foi bem maior que a de baixar o etanol ou a mudança que beneficia o consumidor sequer foi feita.
Nos postos de combustíveis pesquisados, o álcool varia de R$ 3,43 a R$ 3,59. Somente dois estabelecimentos visitados pela reportagem baixaram os valores: no Ipiranga da 26 de Agosto, de R$ 3,69 ontem para R$ 3,52 hoje, e no Ipiranga da Avenida Mato Grosso, na entrada do Carandá Bosque, de R$ 3,69 para R$ 3,59.
A partir desta quarta-feira (12), com a lei estadual nº 5434 em vigor, as alíquotas da gasolina sobem de 25% para 30% e do etanol tiveram redução de 25% para 20%.
A previsão do Sinpetro (Sindicato dos Postos de Combustíveis de Lubrificantes de Mato Grosso do Sul) era de que o preço médio da gasolina passasse de R$ 4,24 para R$ 4,48 em Campo Grande – aumento de 24 centavos. Já o álcool, que tem custo médio de R$ 3,60 na Capital, deveria recuar para R$ 3,44 – 16 centavos.
Só que não. Nos postos visitados pelo Campo Grande News, a gasolina já foi reajustada e em um deles houve acréscimo de 32 centavos, bem acima do cálculo do sindicato patronal.
O Procon (Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor) está nas ruas da Capital fiscalizando o reajuste. “Queremos saber se eles tinham litragem. Não podem subir preço com o combustível que estava na bomba”, explicou Marcelo Salomão, o superintendente do órgão.