Soja deve ter alta de 15% e agricultura estima 16 milhões de toneladas
É esperado aumento de 8,3% na safra de cereais, leguminosas e oleaginosas em Mato Grosso do Sul, neste ano. Conforme estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), calculada em julho, a produção deve alcançar 16,1 milhões de toneladas. Em 2014, o volume foi de 14,8 milhões de toneladas.
O Estado é responsável por 7,7% do total produzido no país e fica em quinto lugar na lista dos que mais produzem, perdendo para Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás. Conforme o levantamento, a área plantada deve crescer 5,9%, alcançando os 4 milhões de hectares, contra 3,8 milhões de hectares, cultivados em 2014.
Apresentam expectativa de maior crescimento, a cana-de-açúcar, soja e milho. Com aumento de área de 8,2%, espera-se que a produção de cana tenha crescimento de 16,3%. Em 2014, foram produzidas 44 milhões de toneladas de cana e para este ano estão previstas 51,2 milhões de toneladas.
A produção de soja em grão deve ter crescimento de 15,2%, passando de 6,3 milhões de toneladas para 7,3 milhões de toneladas. A alta esperada é de 8,8% na área plantada, que passa de 2,1 milhões de hectares para 2,3 milhões de hectares, neste ano. Para a produção de milho, estima-se aumento de 3,4%. O grão deve render 8,5 milhões de toneladas, com o aumento de área de 2,8%, que totaliza 1,6 milhões de hectares em MS.
Segundo o IBGE, o Estado apresenta crescimento na estimativa da produção de mandioca de 10,9% em relação a 2014, com destaque para a área plantada, que cresceu 10,7%. Para o trigo, espera-se aumento de 30% na produção e a laranja deve ter acréscimo de 1,3%.
Segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o excesso de chuvas em julho trouxe prejuízos no desenvolvimento do trigo, mas não impacta nos números levantados. Além disso, houve aumento da área plantada, que se dá, principalmente, por conta da ampliação no município de Ponta Porã, que dobrou em relação ao levantamento anterior. Na pesquisa da Conab, a estimativa é de alta de 25% na produção de trigo.
Queda - Menos expressivas, as plantações de algodão e feijão devem ter retração este ano. A produção de algodão deve cair 21%, ficando em 129 mil toneladas e o a de feijão, terá queda de 7%, ficando em apenas 1 mil toneladas.
Já na estimativa da Conab, a produção de algodão deve ter queda de 17,1%. O controle do bicudo do algodoeiro é a principal ação nas propriedades. Foram feitas em média 15 aplicações para controle da praga, segundo a companhia. Mesmo com o inseto nos algodoais, os produtores têm alcançado bons resultados no controle, na avaliação da Conab, e não se fala em áreas onde os danos tenham prejudicado os ganhos dos produtores.