UFN3 vai produzir 14% do nitrogenado no Brasil: "impacto para MS", lembra Riedel
Obra foi paralisada em 2014 e a meta do Governo Federal prevê a abertura em 2026
O governador do Estado, Eduardo Riedel (PSDB), aproveitou o evento de lançamento do programa Baixar Impostos para Fazer Dar Certo, na tarde desta segunda-feira (29), para reforçar a importância da retomada das obras da UFN3 e o impacto econômico da fábrica de fertilizantes para Mato Grosso do Sul.
Segundo ele, a UNF3 terá papel importante no PIB de Três Lagoas, cidade a 334 quilômetros de distância de Campo Grande, de Mato Grosso do Sul e do Brasil.
"Ela vai produzir cerca de 15% do fertilizante nitrogenado que será usado no Brasil", disse o governador. "Não é só pelo volume de 1.200 funcionários que estarão lá diretamente e mais de 1.200 indiretos que vai se dar o crescimento econômico, vai ser na competitividade desse insumo que abastecerá 15% do agro brasileiro, que é um dos maiores do mundo", completou.
Riedel ainda enfatizou impactos indiretos da fábrica no consumo de gás natural. A previsão é que a fábrica consuma cerca de 2,5 milhões de m³ de gás natural por dia. Hoje, Mato Grosso do Sul consome entre 14 e 15 milhões de m³. "Estamos falando de quase 15% a mais por dia só para ser consumido na UNF3 isso é ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços] veia na entrada do gás. O impacto dessa unidade para o estado é muito grande", relatou.
Retomada - Com 81% da obra realizada, a construção foi paralisada no final de 2014, e este ano a retomada da obra ganhou data. Segundo o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, o processo licitatório para a conclusão da obra deve ser iniciado em dezembro deste ano.
Em visita à fábrica na última sexta-feira (26), Jean Paul disse este era o primeiro passo da revitalização ou reaprovação da planta de hidrogenados no município. Por enquanto, não se sabe qual modelo será adotado para a retomada da obra, mas o Governo Federal trabalha com cronograma que prevê a abertura em 2026.
De acordo com Prates, a obra precisa de investimento de R$ 5 bilhões para ser finalizada. A decisão é amparada por um estudo técnico de viabilidade financeira, que apontou para a Petrobras a necessidade de voltar ao setor de fertilizantes.
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