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Política

Petrobras reforça interesse na UFN3 para se reaproximar do agro

Brasil é o 4º maior consumidor global de fertilizantes, puxados pela soja, milho e a cana-de-açúcar

Por Jhefferson Gamarra | 26/04/2024 13:51
Executivos durante a visita técnica na plata da fábrica (Foto: Nelson Mendes)
Executivos durante a visita técnica na plata da fábrica (Foto: Nelson Mendes)

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, participou na manhã desta sexta-feira (26) de uma inspeção na UFN3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados), em Três Lagoas, para avaliar a viabilidade técnica e econômica para a retomada das obras, que foi interrompida em 2014.

De acordo com Prates, a estatal tem interesse em retomar as obras, cerca de 80% pronta, e retomar a aproximação com o setor de agronegócio brasileiro, uma das principais metas estabelecidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Presidente da Petrobras ao lado da ministra Simone Tebet (Foto: Nelson Mendes)
Presidente da Petrobras ao lado da ministra Simone Tebet (Foto: Nelson Mendes)

“A Petrobras tem interesse em investir no setor de fertilizantes para promover a sinergia com o agronegócio, reduzir a dependência do país em relação à importação de fertilizantes e gerar emprego e renda. Além disso, somos uma empresa integrada, que está olhando para o futuro e para a transição energética. Com a nossa capacidade tecnológica e operacional, facilidade logística e acesso à matéria-prima, temos todos os elementos para fazer essa transição que é o futuro da Petrobras e das principais petrolíferas do mundo”, afirma Jean Paul Prates, presidente da Petrobras.

De acordo com o Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), o Brasil é atualmente o quarto maior consumidor global de fertilizantes, representando cerca de 8% do consumo mundial, e o maior importador mundial. A soja, o milho e a cana-de-açúcar correspondem a 72% do consumo de fertilizantes no país.

A unidade, que está próximo ao mercado consumidor e já está interligada ao Gasbol (Gás Boliviano) para receber o gás natural como matéria-prima, tem capacidade projetada de produção de ureia e amônia de 3.600 t/dia e 2.200 t/dia, respectivamente. A estimativa é que sejam gerados até 8 mil empregos diretos e indiretos com as obras de finalização da planta.

“Doei esta área para a construção da fábrica quando ainda era prefeita de Três Lagoas. Então ver esse sonho se tornando realidade - com Jean Paul Prates sendo parceiro de primeira hora e com o aval do presidente Lula -, me dá a sensação de dever cumprido. É uma imensa satisfação saber que esta fábrica vai beneficiar tantas pessoas”, afirmou a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, que também participou da visita.

Após a conclusão dos estudos de viabilidade técnica e econômica, o tema deve passar ainda pela Diretoria Executiva e pelo Conselho de Administração da empresa. A expectativa é de que o processo de licitação para a retomada das obras deve ser iniciado ainda este ano.

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