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Economia

Vagas temporárias salvam trabalhadores da informalidade em Campo Grande

Saldo de novos postos de trabalho foi de 1.026 em novembro na Capital

Natália Olliver e Cleber Gellio | 28/12/2022 16:18
Lucas Tellecher é vendedor e está contratado de carteira assinada há 4 meses (Foto: Paulo Francis)
Lucas Tellecher é vendedor e está contratado de carteira assinada há 4 meses (Foto: Paulo Francis)

O saldo de trabalhadores que estava na informalidade e entraram no mercado de trabalho com a carteira assinada em Campo Grande foi positivo em novembro. As vagas foram abertas de maneira temporária para as comemorações de fim do ano, mas podem ser permanentes em vários setores e diversos estabelecimentos.

De acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o número de novos postos de trabalho na Capital chegou a 1.026 no período. O balanço foi divulgado nesta quinta-feira (28).

Milena Mendes, de 23 anos, foi uma das pessoas “salvas” com a oportunidade de trabalho temporário. Ao Campo Grande News ela ressaltou que foi contratada bem rápido, de um dia para o outro e explicou que estava trabalhando em uma outra loja de roupas, mas sem carteira assinada. “A carteira dá mais segurança, e lá não tinha renda fixa. Eu trabalhava com comissão. Aqui foi a melhor experiência que já tive, me receberam muito bem e não pretendo sair”, disse.

A vendedora da loja de roupas femininas, localizada entre a Rua 14 de julho e Dom Aquino, é mãe de dois filhos, Davi de 7 anos e Pietra de 3.

Milena Mendes foi contratada para vagas temporárias de dezembro e não pretende deixar o local (Foto: Paulo Francis)
Milena Mendes foi contratada para vagas temporárias de dezembro e não pretende deixar o local (Foto: Paulo Francis)

Lucas Tellecher, de 26 anos, sofreu um acidente de trânsito há quatro meses que o impossibilitou de trabalhar. Ele comentou que a mãe ajudou no período delicado. “Sofri um acidente de moto e machuquei minha perna, estava há oito meses sem registro em carteira. Porque ela é autônoma. Há dois meses deixei o trabalho e fui contratado”, disse.

O vendedor é pai da pequena Isis, de 5 anos, e reforçou a seriedade do registro. “Eu sei a importância de uma carteira assinada por ter essa segurança, no meu caso se não fosse minha mãe, se estivesse como autônomo, como ia fazer?! A carteira assinada dá a estabilidade que preciso”, completou.

Antes de ter a carteira assinada, Lucas deixou outra loja justamente pela falta do registro.

Estado - De acordo com o relatório do Caged, no acumulado de janeiro a novembro, foram 46.906 novos empregos gerados no Estado. O número colocou Mato Grosso do Sul na 15º colocação no País na quantidade de empregos formais. O crescimento foi de 8,34% em relação ao estoque de empregos do mês de dezembro do ano anterior.

Em relação ao mês de novembro, Mato Grosso do Sul ocupou o 17º lugar entre as unidades da federação na geração de empregos formais. O crescimento foi de 0,29%, comparado ao mês de outubro.

O setor que mais se destacou foi o comércio, com mais de 1.077 postos de trabalho, seguido pelo setor de serviços com 814 e construção, com 318. A agropecuária apresentou saldo negativo de 465 postos.

Vagas - Em 2022, 317 mil pessoas procuraram a Funtrab/MS (Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul) por uma colocação no mercado de trabalho, nas 33 Casas do trabalhador dispostas pelo Estado.

De acordo com a Fundação, neste ano houve mais vagas disponíveis aos trabalhadores.

A maior quantidade de vagas ofertadas foi na indústria, com 9.279 oportunidades, seguido pelo setor de serviços, com 9.278, comércio com 8.362 e agropecuária com 8.226 postos de trabalho oferecidos.

Mato Grosso do Sul deve encerrar o ano de 2022 com aproximadamente 350 mil contratações e um saldo em torno de 44 mil empregos, melhor resultado dos últimos dez anos.

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