Venda de gasolina e diesel tem queda em 2015, mas etanol se mantém estável
Enquanto as vendas de combustíveis caíram significativamente, o consumo de etanol se manteve praticamente estável em 2015, em Mato Grosso do Sul. Juntas, as três maiores revendedoras do Estado venderam aos postos 9.343 m³ de etanol em janeiro do ano passado. O volume teve leve retração de 0,62% em novembro e ficou em 9.285 m³, segundo levantamento do Sindicom (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes).
Apesar das chuvas terem impactado na moagem de cana-de-açúcar, que dá origem ao etanol, até novembro de 2015, foram produzidos 594,2 milhões de litros de etanol anidro, que é misturado a gasolina, e 1,86 bilhão de litros de etanol hidratado, aquele vendido nos postos.
No total, foram 2,45 bilhões de litros de biocombustível produzido, volume 11,31% maior que na safra 2014/2015, conforme dados da Biosul (Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul).
Além do aumento na produção, os preços impactaram na escolha do consumidor e as vendas de gasolina das três revendedoras tiveram queda de 12,35%, de janeiro para novembro de 2015, passando de 40,2 mil m³ para 35,2 mil m³. Apesar da redução na alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), concedida entre julho e dezembro, as vendas de óleo diesel caíram 13,3%, entre janeiro e novembro, passando de 75,4 mil m³ para 65,3 mil m³. A alíquota, reduzida de 17% para 12%, não deu resultado e o Governo do Estado decretou a normalização da cobrança.
Bandeira – A distribuidora que mais vendeu em 2015 é a BR, mas, apesar de liderar o mercado, também sentiu retração nas vendas. A BR negociou 27,9 mil m³ de gasolina em janeiro e 22,4 mil m³ em novembro, o que significa redução de 10%.
Em segundo lugar, a Ipiranga contabiliza queda inferior, de 6,4%. A distribuidora vendeu 7,9 mil m³ de gasolina em janeiro e 7,4 mil m³, em novembro do ano passado.
A Shell, que inaugurou unidade de distribuição em Campo Grande no mês de setembro, com planos de elevar a distribuição em 60% em 2016, foi a única a apresentar aumento nas vendas de gasolina no período. O volume passou de 4,2 mil m³ para 5,3 mil m³. O grupo Raízen já investiu R$ 20 milhões na unidade, que estava desativada há mais de quinze anos e agora tem capacidade para armazenar 25 milhões de litros de combustíveis, por mês.