Venda de Ovos de Páscoa cai e maioria ainda nem saiu da caixa no estoque
Tem loja que destinou pouco espaço para os Ovos da Páscoa e a maioria nem foi tirado das caixas
Desde o ano passado comerciantes têm sofrido com a baixa procura por ovos de Páscoa. Neste ano, comemorada no dia 4 de abril, apesar das expectativas serem boas no início, agora, com aumento de casos de pessoas contaminadas com covid-19, o colapso na saúde e o fechamento do comércio, fez com que as vendas diminuíssem em até 40%.
Na Rua Dom Aquino com a Rua 13 de Maio, a loja que está aberta por se enquadrar na venda de alimentos, o gerente Mateus Baroto Brigante, 20 anos, afirma que a procura está fraca e nem os preços mais baixos têm atraído os clientes. “Mesmo colocando ovos que custam entre R$ 3,50 (50 gramas) até R$ 15,00 nas prateleiras têm chamado a atenção do público”.
As gôndolas destinadas às vendas do produto é pequena e ele afirma que a maioria dos ovos nem foram retirados das caixas no estoque. “As vendas caíram cerca de 40%, já estávamos preparados para uma procura menor, mas não tão baixas, já que no final do ano as vendas tinham se normalizado”, afirma.
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O reflexo das vendas em baixa, segundo Mateus, é a demissão de funcionários, só na sua loja, a redução foi de 22 para 14 funcionários na loja.
Roberto Poletto, 43 anos, gerente de uma loja de doces localizada na Rua Maracaju afirma que o fechamento do comércio fez com que as pessoas comprassem menos, mais ainda assim viu crescer o número de ingredientes para produção de Ovos de Páscoa. “A informalidade está crescendo é uma saída para quem ficou desempregado, a pessoa consegue uma margem de lucro de até 300% com apenas uma barra de chocolate, as pessoas estão se reinventando nessa pandemia”, lembra.
Para Roberto, as vendas desse ano eram uma incerteza, já que as compras para a loja são feitas no final do ano. “A tendência era para as vendas serem maior”, explica. Ele acrescenta ainda que espera um fluxo maior a partir da semana que vem.
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Já a empresária de 49 anos, que preferiu não se identificar, diz que a esperança ficou nos deliverys. “Está saindo mais entregas, não podemos deixar entrar muita gente na loja, atendemos de um em um”. A loja é tradicional nas vendas de chocolates e ovos de Páscoa e a empresária afirma que não achava que viveria nesse empasse. “Tudo depende dos decretos”. A entrega por deliverys não é novidade na loja, já que eles adotaram essa forma de vendas no ano passado.
Consumidores – Quem estava no Centro nesta sexta-feira (26), afirma que não vai comprar ovos de Páscoa esse ano e a tradição vai ficar para os próximos anos, a falta de recursos e outras prioridades são maiores. Ovidio Verani Brites, 64 anos, aposentado, relata que esse ano vai reformular a tradição da Páscoa. “Os recursos sumiram, estamos reavaliando tudo a prioridade é alimentação e saúde, os ovos [de Páscoa] estamos deixando de lado”.
A autônoma Deise Aparecida da Silva, 53 anos, também disse que não está pensando nas compras nesse momento. Com a neta recém-nascida ela afirma que nem sequer olhou os preços dos Ovos de Páscoa. “Nem estou pensando nisso, minha preocupação é com a saúde da minha netinha”.
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