Em 2 meses, máquina recolhe 1,4 mil litros de óleo de cozinha usado
Montante arrecadado por projeto criado em MS evitou a contaminação de 36,3 milhões de litros de água
O projeto embrionário da startup Óleoponto está fazendo sucesso em Campo Grande. A máquina destinada a receber óleo usado recebeu em 60 dias 1.464 litros do produto, evitando a contaminação de 36,3 milhões de litros de água.
A máquina provisória, que tem formato semelhante a um caixa eletrônica, foi instalada no Comper Spipe Calarge, onde ficará até fevereiro, até a chegada do equipamento original, que está sendo desenvolvido na USP (Universidade de São Paulo) de São Carlos.
Zadrik Mendonça, de 38 anos, arquiteto e urbanista, é o criador da startup que dá ao morador a oportunidade de guardar o material utilizado para posteriormente entregar a startup. Na primeira fase do projeto, a cada dois litros de óleo usados, o morador ganhava um litro de óleo novo. Agora, a cada quatro litros usados, um novo é entregue.
O arquiteto, morador de Jardim, distantes 233 km de Campo Grande, explica que durante a coleta, o morador passa por uma rápida entrevista. “Queremos entender o perfil do usuário”. O objetivo é colher informações para saber quais ações são tomadas em relação ao descarte do produto e o consumo de óleo. “A grande maioria vai jogar fora. Vamos democratizar a coleta”, explica.
A intenção da startup é monetizar o usuário, ou seja, retribuir a gentileza de benefício ao meio ambiente. A cada litro de óleo entregue, pontos serão gerados no cadastro do usuário. A pontuação poderá dar desconto em contas de energia elétrica de água e outros parceiros da empresa.
Em janeiro e fevereiro, a máquina provisória deve ser instalada em uma praça de Campo Grande. Todo o material recolhido é entregue para outra startup parceira, que fabrica sabão com o óleo usado.