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Educação e Tecnologia

Escola municipal no Bairro Guanandi passa a ser cívico-militar

Semed terá um ano para implantar programa, mas militares da reserva da FAB já foram designados para a unidade

Adriel Mattos | 22/04/2022 08:31
Escola só deve entrar de vez no programa em 2023. (Foto: Marcos Maluf)
Escola só deve entrar de vez no programa em 2023. (Foto: Marcos Maluf)

A Escola Municipal Governador Harry Amorim Costa, no Bairro Guanandi, região sul de Campo Grande, é a mais nova unidade que integra o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares do Ministério da Educação. A definição aconteceu neste mês.

Em janeiro, a pasta anunciou que uma escola municipal da Capital seria integrada ao programa. No último dia 14 de abril, foi publicado no Diário Oficial da União extrato de acordo de cooperação técnica entre o MEC e a Semed (Secretaria Municipal de Educação).

Em nota, a Semed informou que tem prazo de um ano para implementar o programa nessa escola. Ainda não se sabe que força militar que vai atuar na unidade, mas o Campo Grande News apurou que membros da reserva da FAB (Força Aérea Brasileira) já foram designados para ajudar na implementação.

Rio Verde de Mato Grosso – O ministério também selecionou em janeiro uma escola municipal de Rio Verde de Mato Grosso, cidade da região norte de Mato Grosso do Sul, a 203 km da Capital.

Ao Campo Grande News, o secretário municipal de Educação de Rio Verde de Mato Grosso, Valter Costa de Almeida, disse que a escolha da escola só se dará após uma reunião com o MEC.

“Na quarta-feira, teremos uma reunião para discutir sobre essas escolas”, frisou. O encontro será na Capital com o tenente-coronel Gilson Passos de Oliveira, diretor de Políticas para Escolas Cívico-Militares do ministério.

Programa – O Pecim foi criado em setembro de 2019 pelo Ministério da Educação. O governo de Mato Grosso do Sul sugeriu e a pasta aprovou a entrada das escolas estaduais Alberto Elpídio Ferreira Dias (Professor Tito), no Bairro Nova Lima; e Marçal de Souza Tupã-Y, no Jardim Los Angeles.

A gestão das unidades ainda cabe à SED (Secretaria de Estado de Educação), ou seja, professores, coordenadores e diretores são profissionais da educação. Fica a cargo de militares executar a política de disciplina estudantil.

Na Escola Professor Tito, o Corpo de Bombeiros cumpre esse papel. Já na Marçal de Souza, policiais militares executam essa tarefa.

A Polícia Militar também atua na Escola Estadual Arlindo Neckel, em Chapadão do Sul, e na Escola Municipal Cláudio de Oliveira, em Porto Murtinho. E em Corumbá, a Escola Municipal José de Souza Damy conta com militares da Marinha do Brasil.

Atalaia – O modelo militarizado de ensino não é novidade no Estado. Desde 2019, a Escola Municipal Carlos Drummond de Andrade, em Chapadão do Sul, tem o suporte da PM. Nesse caso, o Projeto Atalaia é uma parceria da corporação com a prefeitura.

O programa tem estrutura disciplinar hierarquizada semelhante ao da PM, que busca fazer com que o estudante seja “promovido”, de acordo com o seu aproveitamento e desempenho nas disciplinas, somado ao seu rendimento escolar e comportamento.

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