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Educação e Tecnologia

Professores podem ser transferidos caso falte "aptidão" para escolas militares

Decreto detalha programa das escolas cívico-militares e permite que alunos também peçam transferência; professor será avaliado

Silvia Frias | 06/03/2020 09:17
Professores podem ser transferidos caso falte "aptidão" para escolas militares
Monitor do Corpo de Bombeiros na Escola Estadual Alberto Elpídio Ferreira Dias, no Jardim Anache, na abertura do ano letivo (Foto/Arquivo: Marcos Maluf)

Alunos e professores que não se adaptarem às normas das escolas cívico-militares podem pedir transferência e, no caso dos docentes, a mudança pode ser feita a pedido da direção da instituição, se constata a “incompatibilidade com os princípios e diretrizes do projeto”.

As normas do PEECIM/MS (Programa Estadual das Escolas Cívico-Militares do Estado de MS) foram publicadas hoje no Diário Oficial no decreto que institui as escolas cívico-militares. No dia 2 de março, duas instituições já começaram o ano letivo adotando o modelo, que tem como pilar “promover a melhoria na qualidade da educação básica”.

No parágrafo sobre adesão do corpo docente e discente, consta que os professores já lotados nas escolas que foram enquadradas no novo programa podem pedir transferência ou serem realocados por ofício, se constatada a inadequação, conforme análise da diretoria ou coordenação pedagógica, com prévio conhecimento do docente.

Seleção – a escolha das escolas que vão integrar o programa será de responsabilidade da SED (Secretaria Estadual de Educação), conforme estudo de demanda e viabilidade. A inclusão passa por audiência pública, de caráter consultivo.

Serão indicadas as escolas da rede estadual que apresentem baixo Ideb (Índice de Desenvolvimento de Educação Básica) e se localizem em municípios que apresentem índice de criminalidade em grau elevado e/ou baixo grau de desenvolvimento humano. Também entra no critério a localização em município com vulnerabilidade social.

As escolas que aderirem ao programa contarão com plano estrutural específico. A Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) indicará militares estaduais da ativa e/ou da reserva remunerada para gestão educacional e escolar, no assessoramento dos diretores.

No dia 2 de março, o ano letivo foi iniciado com duas escolas cívico-militares em Campo Grande: a escola Alberto Elpídio Ferreira Dias, no Jardim Anache, e a Marçal de Souza, no Los Angeles, que compreende 850 alunos.
Entre as metas do programa, desenvolver ações de melhoria no ensino e na aprendizagem, reduzir taxas de reprovação e evasão escolar, contribuir para os índices de violência nas escolas e formar alunos para o “exercício da plena cidadania, conscientes de seus deveres e direitos”.

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