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Educação e Tecnologia

Na disputa por Medicina, estudantes rodam o Brasil e levam pais na torcida

“Não vou desistir, vou fazer provas até passar”, diz jovem que já fez vestibular em cinco Estados

Aline dos Santos e Cleber Gellio | 17/12/2022 16:47
João, Ana Lúcia e amigas vieram de São Gabriel para trazer os filhos vestibulandos. (Foto: Marcos Maluf)
João, Ana Lúcia e amigas vieram de São Gabriel para trazer os filhos vestibulandos. (Foto: Marcos Maluf)

Jornada de até 14 horas diária de estudos, viagens Brasil afora para fazer provas e o apoio incondicional da família. A saga dos estudantes que buscam uma vaga no curso de Medicina se destacou neste sábado (dia 17) nos portões do vestibular da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul).

Enquanto os vestibulandos vão para as salas, os pais ficam do lado de fora, sempre na torcida. Caren Sofia Vieira Lopes, 17 anos, e a mãe Cleine Lopes da Silva, 40 anos, vieram de Sinop, cidade de Mato Grosso. Caren quer ser médica e já fez provas em Brasilia e São Paulo antes da parada em Campo Grande.

“O marido arca com os custos da viagem e eu vou junto. É uma faculdade que exige muito. Mas é o desejo da nossa filha e vamos atrás”, diz Cleine, que atua na área de relações públicas.

Cleine e a mãe Caren vieram de Mato Grosso para Vestibular da UEMS. (Foto: Marcos Maluf)
Cleine e a mãe Caren vieram de Mato Grosso para Vestibular da UEMS. (Foto: Marcos Maluf)

Caren conta que cursar Medicina é um sonho de infância e que esse desejo veio após conhecer uma pediatra que a ajudou quando criança.

“Tinha uma alergia que não me deixava fazer nada. Não podia brincar, chupar sorvete, não conseguia viver. Até que apareceu a doutora Marta que solucionou o problema. Foi  a melhor época da minha vida. Escolhi Medicina porque também quero ajudar as outras crianças”, diz a estudante.

Com rotina de até 14 horas de estudos por dia, Brenda Ciabattari, 18 anos, já prestou nove vestibulares para Medicina. O roteiro incluiu provas no Paraná, Mato Grosso, São Paulo e Rio Grande do Sul.

 Brenda já fez vestibulares para Medicina no Paraná, Mato Grosso, São Paulo e Rio Grande do Sul. (Foto: Marcos Maluf)
 Brenda já fez vestibulares para Medicina no Paraná, Mato Grosso, São Paulo e Rio Grande do Sul. (Foto: Marcos Maluf)
No detalhe, cinco canetas para prova sem susto. (Foto: Marcos Maluf)
No detalhe, cinco canetas para prova sem susto. (Foto: Marcos Maluf)

“Não vou desistir, vou fazer provas até passar”, conta a jovem, que, ao levar cinco canetas esferográficas nas mãos, demostrava preparo em caso de imprevisto.

O casal Ana Lúcia Pereira Costa, 45 anos, e João Amado da Costa, 50 anos, estava do lado de fora da UEMS de Campo Grande e na torcida pela filha Beatriz, de 20 anos.

A família veio de São Gabriel do Oeste, a 140 km da Capital, numa viagem bate e volta.  Ana Lúcia  conta que já cumpriu a missão com o filho Gustavo, que se formou em engenharia civil. “Agora, falta a Beatriz e jamais vou desistir do sonho da minha filha”, diz.

De acordo com Nilde Brum, da Fapec (Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura), o Vestibular da UEMS teve recorde de 8.474 inscritos. A expetativa era de seis mil participantes, a exemplo do ano passado. “

Demonstra a credibilidade dessa instituição de ensino que contribui para a educação em Mato Grosso do Sul. Um conjunto de esforços entre professores e a comissão organizadora”.

Vestibular da UEMS teve recorde de inscritos. (Foto: Marcos Maluf)
Vestibular da UEMS teve recorde de inscritos. (Foto: Marcos Maluf)

Nesta edição, o vestibular ofereceu 1.322 vagas em  64 graduações. Segundo a vice-reitora Celi Correa Neves, foram abertos 14 novos cursos, sendo quatro em Campo Grande: História, Administração Pública, Psicologia e Ciências Biológicas.

Em 2023, a UEMS vai completar aniversário de 30 anos. A instituição de ensino superior atua em 28 municípios de Mato Grosso do Sul, com unidades presenciais e polos de educação a distância pela UAB (Universidade Aberta do Brasil).

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