Nova espécie de crustáceo recebe nome de pesquisador de MS
Além do professor da UFMS, Luiz Eduardo Tavares, a descoberta envolveu pesquisadores do Rio de Janeiro
A descoberta de uma nova espécie representa um marco na carreira de um pesquisador, e quando essa conquista resulta na honra de ter uma espécie nomeada em sua homenagem, o feito se torna ainda mais significativo. O professor Luiz Eduardo Roland Tavares, do Instituto de Biociências da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) passou pelas duas experiências.
Um crustáceo microscópico do grupo dos Copepoda foi oficialmente batizado como Ceratocolax tavaresi em reconhecimento ao professor. Essa espécie, que mantém uma relação de parasitismo com peixes marítimos, se destaca por suas características distintas no formato do corpo, nos apêndices locomotores e nas antenas, o que a diferencia de todas as outras espécies conhecidas de Ceratocolax no mundo.
A ligação do professor com os parasitos Copepoda remonta ao início de sua carreira acadêmica, quando esses crustáceos influenciaram sua formação e foram o tema de sua iniciação científica, impulsionando-o na busca por uma carreira de pesquisa.
Durante seu mestrado, Luiz Eduardo também identificou uma espécie ainda não descrita pela ciência, pertencente à mesma família do Copepoda e que agora leva seu nome. "Descrever uma espécie nova foi a realização de um sonho. Para um taxonomista, a primeira espécie que descrevemos acaba sendo muito marcante na nossa carreira como pesquisador", relembra.
Descoberta - A descoberta foi conduzida pelos pesquisadores Taíssa Casanova, Fabiano Paschoal e José Luis Luque, da UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), instituição onde Luiz Eduardo realizou seu mestrado, doutorado e pós-doutorado em Parasitologia Veterinária.
O professor e pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da UFRRJ, José Luis Luque, foi um dos responsáveis por identificar e nomear o parasito Ceratocolax tavaresi.
Além de seus títulos acadêmicos, José também atuou como orientador de mestrado e doutorado para Luiz Eduardo. Ao explicar a escolha do nome para a nova espécie, José destaca que é uma forma de reconhecimento à trajetória de seu ex-aluno e orientando.
"É algo praticamente perpétuo, pois sempre que alguém encontrar essa espécie de parasito e a identificar, vai entender como uma homenagem a esse pesquisador que tem uma trajetória de permanente contribuição para a fauna parasitária de peixes e outros grupos vertebrados hospedeiros", enfatiza o professor da UFRRJ.
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