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Ao invés de ficar buscando o que falta, como ser feliz com o que tem?

Psicologa ensina a não se deixar frustrar quando não conseguir cumprir aquilo se que planejou

Suzana Serviam | 02/01/2022 07:20
Poliane sorrindo durante entrevista com o Lado B. (Foto: Suzana Serviam)
Poliane sorrindo durante entrevista com o Lado B. (Foto: Suzana Serviam)

Com o começo do ano, várias pessoas têm o costume de fazer resoluções para o ano todo. Falar é uma coisa, agora ser consequente e conseguir fazer é outra completamente diferente e quem nunca se sentiu frustrado ao estipular uma meta e nunca cumprir, só pode estar fingindo.

Letícia Barreto, de 19 anos, foi uma das pessoas que planejou várias coisas para 2021 e muitas delas não deram certo. “Todas minhas metas estavam relacionadas a dinheiro. Principalmente o quesito estudo, porém, não deu”, comenta.

Já Poliane Legal, de 29 anos, não quis nem se dar ao trabalho de escrever os objetivos para 2022. “Aconteceram tantas coisas em 2021, foi tão provisório que neste novo ano eu quero só viver, aproveitar e trabalhar”, revela.

Na enquete de ontem, quisemos saber dos leitores do Campo Grande News se estão fazendo planos específicos para 2022, ou se vão deixar surpreender pela vida e teve quase um empate: 45% afirmou que fez metas, contra 55% que votaram no não.

No final das contas, como então conseguir ser feliz com o que se tem, quando metas não são alcançadas? Quem ajuda a responder é a psicóloga Nayara Laura França.

“Uma dica é trabalhar a força do pensamento. A mente humana muitas vezes engana com pensamentos negativos. Nem tudo que se sente ou pensa é verdade. Quem compreende isso vence muitas coisas na vida”, ensina Nayara.

Para isso, basta começar com pequenos passos. Quem deseja melhorar a saúde física, por exemplo, não precisa necessariamente pagar academia para começar. Basta colocar o tênis e fazer uma caminhada na rua, por exemplo.

Letícia curtindo a virada do ano. (Foto: Suzana Serviam)
Letícia curtindo a virada do ano. (Foto: Suzana Serviam)

Além disso, ainda conforme Nayara, para as metas saírem do papel é preciso que elas façam sentido. “Quando alguém inicia um projeto e para no meio do caminho isso pode significar que aquilo não faz sentido para a pessoa. Ou seja, é necessária uma motivação e tomar cuidado para não se auto sabotar”, explica.

Também conforme Nayara, é necessário ter em mente que a felicidade é trabalhosa. “Mais fácil mesmo é manter a tristeza porque lá dá para ficar numa posição de passividade, basta sentar e ficar olhando o que vai dar”, argumenta. Nayara reforça que é necessário aprender a gostar do processo, porque as coisas não acontecem do dia para noite.

A desistência dos projetos também pode estar relacionada ao modo como o adulto foi disciplinado na infância. Por isso, a importância de sempre trabalhar a força do pensamento positivo.

“Se houve superproteção ou falta de empatia com as necessidades emocionais da criança, na vida adulta acaba tendo um comportamento de procrastinação. Isso acontece por conta do medo, porque lá atrás faltou segurança por parte dos pais e a autoestima depois de adulto fica prejudicada. Outros não conseguem porque tem imagem muito negativa de si. Têm crenças limitantes de si mesmo e não se acham capaz”, ressalta.

Nayara reforça que o amadurecimento vem, quando se compreende que não é possível ser feliz o tempo inteiro. "Portanto, trabalhe com que se tem. Estabeleça metas alcançáveis. Não espere o dinheiro acumular para começar economizar. Não espere o tênis novo chegar para iniciar as atividades", aconselha.

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