Enquete: 83% são contra a extinção do dinheiro em espécie no Brasil
Na Câmara dos Deputados, dois projetos de lei opostos debatem o fim do papel-moeda em espécie
A maioria dos leitores, 83%, discorda que o dinheiro em espécie deva ser extinto no Brasil. Outros 17% dizem ser a favor do Projeto de Lei 4068/2020 que determina a extinção da moeda em papel. O resultado foi obtido por meio da enquete do Campo Grande News de segunda-feira (14).
Nas redes sociais do portal, os leitores afirmaram que a medida é "desumana", e não considera que muitos dos brasileiros não possuem smartphones ou não sabem acessar. Rosemari Napoleão faz essa reflexão e vai além: "Tudo agora é pelo celular, daqui um dia vamos decidir se vamos morrer ou viver pelo celular? desumano isso", opinou ela.
Willian Martins teme que se o dinheiro se tornar 100% eletrônico, o governo estará monitorando o cidadão. "Já não dará para possuir um recurso de emergência em casa, sem dizer no bloqueio de recurso que possa vir a ocorrer. Devem sempre lembrar do Plano Collor", disse ele.
Para André Fernandez, o dinheiro em espécie significa, também, segurança financeira. "Hoje mesmo o pix está fora do ar. Como que confia em banco?" refletiu o leitor, comentando sobre a instabilidade no Pix que ocorreu na segunda-feira (14).
Na Câmara dos Deputados, dois projetos de lei debatem o fim da moeda em espécie no Brasil. Um deles visa a extinção do papel-moeda no País, o outro quer proibir a extição.
De autoria do deputado Reginaldo Lopes (PT/MG), o PL 4068/2020 determina a extinção do papel-moeda no País. A proposta é proibir a produção, circulação e uso de notas e moedas com a justificativa de que a tecnologia já proporciona condições para pagamento. Segundo o projeto, a medida dificultaria golpes e lavagem de dinheiro.
Por outro lado, o PL 3341/2024 visa proibir a extinção do papel moeda em substituição à moeda digital. A proposta é da deputada Julia Zanatta (PL/SC). O projeto estabelece que o Banco Central do Brasil deverá garantir a disponibilidade do papel-moeda, independentemente da implementação de novas tecnologias financeiras.
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