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Maioria acha que índice de inflação não reflete totalmente aumento de preços

IPCA, no entanto, é composto por vários tipos de itens que são consumidos por brasileiros

Guilherme Correia | 13/05/2022 06:49
Cédulas de dinheiro sobre uma mesa; IPCA é o indicador que "mede" inflação no Brasil. (Foto: Reprodução/Agência Brasil)
Cédulas de dinheiro sobre uma mesa; IPCA é o indicador que "mede" inflação no Brasil. (Foto: Reprodução/Agência Brasil)

Maioria dos leitores que responderam enquete do Campo Grande News acham que a inflação divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) não reflete a verdadeira oscilação de preços.

Campo Grande teve o terceiro maior aumento na inflação registrado no mês de abril, 1,21%, atrás apenas de Aracaju (SE) e Rio de Janeiro (RJ). Além disso, a Capital possui quarta maior inflação acumulada dos últimos 12 meses.

Entre abril de 2021 e abril de 2022, os produtos ficaram 12,85% mais caros em território campo-grandense. Somente entre janeiro e atualização mais recente, a precificação cresceu 4,69%, enquanto o salário mínimo vigente (R$ 1.212) permanece o mesmo.

IPCA - É importante ressaltar que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) é composto por diversos itens, em várias categorias.

Segundo a última divulgação, de abril, a batata-inglesa teve aumento de 40,08% no seu preço, por exemplo, seguida pelo leite longa vida (7,23%) e Cereais, leguminosas e oleaginosas (4,47%).

Por outro lado, o mamão (-23,01%), melancia (-12,26%) e repolho (-3,85%) "puxam" o índice para baixo, já que são diversos os produtos presentes na mesa do consumidor brasileiro.

No setor dos transportes, a alta foi puxada pelo aumento nos preços dos combustíveis, assim como em março. A gasolina subiu 3,92%, o etanol 6,72%, o óleo diesel 8,78% e o gás veicular 0,24%. Já no grupo habitação houve estabilidade que foi puxada pela queda nos preços da energia elétrica.

No entanto, para o leitor Antonio João Viveiros, a inflação divulgada só serve para basear o reajuste anual, sem ganhos reais. "Mas  quem paga contas de água, luz, tarifas públicas, escola, mercados, combustíveis e farmácia, sabe que nunca espelha a realidade."

Já a Andreia Souza acredita que muitos comerciantes "se aproveitam" da alta de preços e aumentam a precificação de outros itens.

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