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Maioria dos leitores discorda de PL que reserva vagas a mulheres em concursos

Projeto de lei foi apresentado por vereador na Câmara Municipal de Campo Grande e segue em tramitação

Guilherme Correia | 04/04/2022 08:01
Projeto de lei tramita na Câmara Municipal de Campo Grande. (Foto: Marcos Maluf)
Projeto de lei tramita na Câmara Municipal de Campo Grande. (Foto: Marcos Maluf)

Maioria dos leitores que responderam enquete do Campo Grande News, cerca de 68%, é contrária a projeto de lei em tramitação na Câmara Municipal de Campo Grande, que reserva metade das vagas de concursos públicos e processos seletivos da prefeitura para mulheres.

No entanto, cerca de 32% das respostas são favoráveis - a leitora Katia Maria Oliveira, por exemplo, comenta que as mulheres só conseguiram direitos básicos depois dos homens, o que provocaria uma desigualdade mesmo antes de um processo seletivo pautado na meritocracia.

"Há quantos anos foi dado o direito ao voto para as mulheres? Muitos depois dos homens. Há quanto tempo a mulher pode trabalhar fora? Muito depois dos homens. E mesmo assim, para trabalhar e estudar, acumulamos funções, como casa, filhos e etc. Essa lei seria para pagar uma dívida histórica e cultural, sejamos menos machistas."

Ainda assim, nas redes sociais, comentários contrários à proposta são mais comuns, como o da Laryssa William, que diz achar justa a atual forma de seleção de funcionários. "Acho que a população merece o melhor funcionário, independentemente de sexo. A igualdade já está garantida na concorrência, concorrem de igual para igual."

Por fim, a Roseli Aparecida de Souza comenta que acha desnecessária política de cotas para pessoas do sexo feminino. "Nós, mulheres, queremos justo reconhecimento por tudo o que fazemos. Estudamos pela mesma vaga, ou seja, somos capazes."

Projeto - A matéria é de autoria do vereador André Luís Soares (Rede) e a cota se aplica a certames com mais de duas vagas. Caso o projeto de fato vire lei, só passaria a vigorar a partir de 2025.

“Concluímos que a reserva de cota é uma política pública extremamente eficiente para equilibrar disputas que tradicionalmente se dão entre pessoas em condições desiguais, neste passo, o ingresso no serviço público é uma das situações que carece de reajuste nas condições de competição, balanceando as oportunidades dos candidatos”, diz o texto.

A proposta ainda deve ser apreciada pelas comissões da Câmara antes de passar por duas votações. Em seguida, ela vai para apreciação da prefeita Adriane Lopes (Patriota), que pode sancionar ou vetar.

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