Maioria reprova a venda de medicamentos sem prescrição em supermercados
Atualmente, a venda desses produtos é permitida apenas em farmácias, drogarias ou em postos de medicamentos
Projeto de lei apresentado pelo deputado João Henrique Catan (PL) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul reacendeu uma velha discussão: a venda de medicamentos isentos de prescrição em supermercados. Questionados em enquete informal pelo Campo Grande News, 77% dos leitores afirmaram ser contra a proposta.
Pelo projeto, os MIP’s (Medicamentos Isentos de Prescrição) poderão ser comercializados em supermercados ou estabelecimentos similares. Atualmente, a lei 5991/73 só permite a venda desses produtos em farmácias, drogarias ou a distribuição em postos de medicamentos.
De acordo com o deputado de Mato Grosso do Sul, a ideia é reduzir os preços desses medicamentos, ampliando a concorrência e facilitando a vida do consumidor. A proposta já conta com o apoio da Amas (Associação Sul-mato-grossense de Supermercados).
“A questão econômica, que diz que quanto mais lugares tiverem este tipo de medicamento disponível, melhor para a população, porque há mais concorrência e os preços tendem a baixar”, justificou o autor da proposta que inclusive já foi tema de debates a nível nacional.
O CRF (Conselho Regional de Farmácia) já se posicionou contra a medida argumentando que a venda pode incentivar à automedicação e gerar aumento de casos de intoxicação. Caso a lei venha a ser aprovada e sancionada, será possível encontrar remédios para dor de cabeça ou estômago, por exemplo, em gôndolas e prateleiras de supermercados.