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Pandemia modificou, mas não abalou manifestação da fé

Para maioria esmagadora, 84%, não abalou. Já para uma pequena minoria, apenas 16%, abalou sim

Lucas Mamédio | 09/05/2021 09:14
Famíalia Malaquias reunida em oração (Foto: Arquivo Pessoal)
Famíalia Malaquias reunida em oração (Foto: Arquivo Pessoal)

Esse ano começou como um grande dejavú de 2020. Pelo menos no primeiro semestre, tudo está acontecendo do mesmo jeito, e até parece mais angustiante. O sentimento de impotência parece nos tomar diante de mais um ano cheio de restrições.

A fé, para muitos, o único meio de atravessar esse espinhoso caminho, também tem sofrido. E não é nem a fé si, mas a nossa capacidade de manifestá-la.

Ir à igreja, aos encontros de comunidades, às células, aos retiros, ao terreiro, tudo isso foi afetado pela pandemia e a prática da fé foi substituída, muitas vezes, por um cultivo individual desse mesmo sentimento.

Por isso nossa enquete essa semana perguntou: A pandemia abalou a prática da sua fé? Sim ou Não.

Para maioria esmagadora, 84%, não abalou. Já para uma pequena minoria, apenas 16%, abalou sim.

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Isso quer dizer que, para maioria dos participantes, houve saída para praticar a própria fé. Esse está sendo o caso da tradicional família Amorim Malaquinas de Figueirão, a 246 quilômetros de Campo Grande. Há 112 anos eles celebram uma das maiores festas religiosas do estado, a Festa do Divino Espírito Santo.

Ano passado, pela primeira vez na história, não houve o encontro, tudo foi feito de forma on-line. Esse ano, ainda com a pandemia em pleno vigor, a medida teve de ser tomada de novo.

Para Felicia Malaquias, esse ano que passou foi de muita provação, até porque existia a certeza de que 2021 tudo estaria normal. “Na realidade a pandemia nos uniu mais ainda , anteriormente reunimos um vez ao ano para nossa devoção. Durante todo o tempo da pandemia rezamos todas as semanas na sala virtual”.

Sobre a prática da fé, ela foi modificada, mas não abalada. “Acredito que agora não tem volta mesmo com fim da pandemia se Deus quiser continuaremos a rezar/orar para todo sempre”.

Para Lorena Santi, também nada mudou. “Só melhorou, graças ao bom Deus”.

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