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Apenas alguns itens saudáveis compõem a merenda escolar, dizem leitores

Lei municipal válida em Campo Grande exige que cantinas tenham opções de alimentos saudáveis

Por Raíssa Rojas | 04/02/2025 08:02
Apenas alguns itens saudáveis compõem a merenda escolar, dizem leitores
Guloseimas à venda em padaria de Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)

A famosa música que usualmente toca no momento do intervalo, “Comer, comer. É o melhor para poder crescer”, apresenta uma série de alimentos variados, destacando a importância desta para o crescimento saudável das crianças. Quando questionados “Quantos itens saudáveis compõe a merenda escolar do seu filho?”, 53% responderam "Alguns”. Enquanto 24% responderam que todos os itens são saudáveis e 23% escolheram “Nenhum”.

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Pesquisa do Campo Grande News questiona leitores sobre a merenda escolar dos filhos, revelando que 53% consideram 'alguns' itens saudáveis, enquanto 24% afirmam que todos são saudáveis e 23% nenhum. A Rede Estadual de Ensino (REE) conta com nutricionistas e um software para planejar cardápios, investindo R$ 63 milhões em alimentos, com 30% para agricultura familiar. O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) prioriza alimentos in natura e minimamente processados, limitando ultraprocessados. Estudo mostra que a inclusão de produtos saudáveis em cantinas aumenta o consumo em 3,7%. Dados de 2021 revelam que 32,68% das crianças de 5 a 10 anos em MS estão com excesso de peso, sendo 14,25% obesas. Lei municipal garante cardápio balanceado nas cantinas das redes particular e municipal de Campo Grande.

A construção da merenda escolar, a REE (Rede Estadual de Ensino) conta com o apoio de nutricionistas da SED (Secretaria de Estado da Educação) por intermédio da Coale (Coordenadoria de Alimentação Escolar), além de auxílio de um software para o planejamento dos cardápios.

Para a aquisição de gêneros alimentícios para o atendimento da alimentação escolar dos estudantes da REE foram destinados R$ 63 milhões no ano passado. O recurso destinado à alimentação escolar conta com um montante específico, de no mínimo 30%, que deve ser utilizado na aquisição de produtos provenientes da Agricultura Familiar.

A regulamentação do PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) - Resolução 6/2020, estabelece regras sobre a oferta e compra de alimentos, baseado nas recomendações dos guias alimentares brasileiros. Consta na resolução que os cardápios da alimentação escolar devem ofertar mais alimentos in natura ou minimamente processados e limitar a oferta de ultraprocessados.

De acordo com a Cartilha “Alimentação e nutrição adequadas do PNAE: Mais alimentos frescos, menos ultraprocessados”, Alimentos in natura são aqueles obtidos diretamente de plantas ou de animais e adquiridos sem que tenham sofrido qualquer alteração, como verduras, legumes, raízes, tubérculos, frutas, carnes, ovo, leite, cereais como arroz. Já alimentos minimamente processados correspondem a alimentos in natura que foram submetidos a processos de limpeza, remoção de partes indesejáveis, refrigeração, entre outros processos similares que não envolvam a agregação de outras substâncias ao alimento original.

A correria do dia a dia dificulta o planejamento do lanche escolar dos filhos, o que pode comprometer a alimentação e desenvolvimento das escolas particulares, que normalmente são realizadas por cantinas ou lanches de casa. Conforme a pesquisa que analisa o consumo nas cantinas das escolas privadas do Brasil, a introdução de um produto saudável no menu das cantinas aumenta em média, por aluno, o consumo de 3,7% de produtos saudáveis por mês.

De acordo com Holsbach, dados do Sisvan (Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional), relativos a 2021, revelam cenário preocupante. Em Mato Grosso do Sul, 32,68% das crianças de 5 a 10 anos estão com excesso de peso. Do total, 14,25% já estão com obesidade. Nas redes particular e municipal de Campo Grande, a lei  nº 4.992 vgarante a oferta de cardápio balanceado nas cantinas.

Apenas alguns itens saudáveis compõem a merenda escolar, dizem leitores

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