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Esportes

A quatro dias da Copa, desafio é completar álbum de figurinhas

Kleber Clajus | 08/06/2014 19:32
Diferente de obras da Copa, o militar Adriano Souza pretende completar álbum presenteado ao filho antes do fim dos jogos (Foto: Kleber Clajus)
Diferente de obras da Copa, o militar Adriano Souza pretende completar álbum presenteado ao filho antes do fim dos jogos (Foto: Kleber Clajus)
Oscar e Arthur Santana se uniram para trocar figurinhas juntos em local na Avenida Mato Grosso (Foto: Kleber Clajus)
Oscar e Arthur Santana se uniram para trocar figurinhas juntos em local na Avenida Mato Grosso (Foto: Kleber Clajus)
Já a mãe de Kenzo iniciou tradição antes mesmo do filho nascer e hoje ele continua legado (Foto: Kleber Clajus)
Já a mãe de Kenzo iniciou tradição antes mesmo do filho nascer e hoje ele continua legado (Foto: Kleber Clajus)

Adultos e crianças têm sido desafiados, a quatro dias da abertura da Copa do Mundo 2014, a completar o álbum das 32 seleções que disputarão os jogos no país. Pontos de troca em Campo Grande, como o da Avenida Mato Grosso, tem facilitado a missão (im)possível que surge por tradição ou empurrãozinho da própria mãe.

Kenzo Miranda, 16, procurava hoje apenas duas figurinhas em falta no álbum editado pela italiana Panini e distribuído em mais de 110 países. A herança veio com a mãe e professora, Lúcia Helena, 45, que ainda durante a gravidez completava álbuns da Copa do Mundo e reforçou o incentivo pela continuidade no adolescente.

Com listas que mais parecem cartelas de bingo, os colecionadores avaliam uma a uma as figurinhas e não há limite para as trocas, desde que sejam equivalentes.

O ar nostálgico que domina os locais de troca, levou o professor Henrique Esquivel Júnior, 48, a lembrar da infância quando tinha o próprio álbum para preencher. Acompanhado da filha e esposa, hoje ele negociava seis dos 649 cromos licenciados pela Fifa.

“Esta é uma oportunidade de rever amigos do passado que também juntavam figurinhas”, comentou Henrique.

No passado, haviam prêmios para quem concluísse o álbum, mas hoje resta a emoção e, se guardado por um tempo, o item pode chegar a valer na internet até R$ 17 mil, como o dos jogos de 1982.

Nova tradição – Na casa do bancário Oscar Santana, 56, a coleção de figurinhas é novidade. Isso porque a experiência começou depois do nascimento do filho Arthur, 9. Antes ele morava na zona rural e não tinha muito acesso aos álbuns.

A dupla impressionava pela sintonia. Enquanto o filho ditava os números, o pai anunciava as encontradas dentre as faltantes. “Vir com o meu pai é muito bom porque está me ajudando e é uma ótima companhia”, ressaltou Arthur.

Já o militar Adriano Souza Dias, 35, nunca foi de se dedicar a completar álbuns de figurinhas, mas a mãe concedeu-lhe a missão de iniciar uma nova tradição de pai e filho ao dar ao neto Ricardo, 6, a publicação com 80 páginas.

“Começamos na semana passada. É a nossa primeira vez realizando as trocas e vamos nos organizar para as próximas”, contou Adriano.

Diferente de muitas obras da Copa do Mundo, militar e filho tem esperança de concluir a coleção de figurinhas antes do término dos jogos, em 13 de julho.

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