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Esportes

Antes da largada, pilotos fazem oração e dão os retoques finais em veículos

Esta é a primeira vez que o Rally dos Sertões, o maior das Américas, terá largada na Capital sul-mato-grossense

Viviane Oliveira e Clayton Neves | 25/08/2019 07:48
Equipe Inimigo do Asfalto faz oração antes da largada (Foto: Clayton Neves)
Equipe Inimigo do Asfalto faz oração antes da largada (Foto: Clayton Neves)

Desde as primeiras horas da manhã desde domingo (25), no estacionamento do Armazém Cultural, os pilotos do Rally dos Sertões 2019 se preparavam para largar oficialmente. Animados e ao mesmo tempo focados, também davam os últimos retoques nos veículos para a corrida. A largada vai ser a 2 km do Autódromo Internacional de Campo Grande. Esta é a primeira vez que o Rally dos Sertões, o maior das Américas, teve largada na Capital sul-mato-grossense, como parte das comemorações do aniversário de 120 anos da cidade.

De mãos dadas e orando o Pai Nosso, a equipe Inimigo do Asfalto, de Belo Horizonte (MG), estreante no rally já estava na pilha. Segundo o chefe do grupo, Cleibson Morais, além do preparo técnico e mecânico, tem que haver também o preparo espiritual para pedir a proteção tanto no começo quanto no fim da prova.

“Fazer oração antes e depois é um ato comum para a equipe. Estar aqui participando é um sonho realizado. Bate um pouco de ansiedade e apreensão”, comemorou Cleibson. A equipe participa em três categorias: turismo, máster e graduado. “Vamos trazer três troféus”.

Se preparando para encarar o seu 10º rally, o veterano Ademar Pereira, 47 anos, conhecido como Índio, estava nervoso e ansioso antes de largada. Vindo do Ceará, o piloto confessou que o frio na barriga começou um mês antes da prova. “Devemos ter cuidados tanto com a alimentação quanto com a motocicleta. Equilíbrio também para não ficar caindo da motocicleta. Além disso, também temos que preparar o psicológico, pois no nosso caso não tem copiloto para ajudar”, disse.

Segundo Ademar, o piloto passa de 8 a 12 horas sentado em cima da motocicleta durante a competição. “Tem que ter um preparo grande. O lado bom é a amizade entre a gente que é difícil ver em outro esporte. A gente tem muito cuidado um com o outro”, comemorou.

Janaína e Chico, colegas de competição (Foto: Clayton Neves)
Janaína e Chico, colegas de competição (Foto: Clayton Neves)

Compartilha da mesma opinião Janaína Souza, 31 anos. Piloto há 12 anos, ela já participou de três rallys. “Estou ansiosa. Com vontade de acelerar, mas ao mesmo tempo ciente que numa prova como essa é preciso vencer um dia de cada vez. O mais difícil é o desgaste físico. Depois do quarto dia, o corpo já sente muito mais. Além disso, temos que trabalhar o psicológico para conseguir chegar até o final”, contou.

Campeão em 2014 na categoria geral e 2015 na categoria UTV Turbo (veículo utilitário), Vinícius Mota, 31 anos, disse que o objetivo de todo piloto é completar a prova. “É muito difícil, mas espero chegar e ganhar”, disse. Ele explica que durante o trajeto, os pilotos passam por diversos locais com muita areia e pedra. Situação que exige muito do carro.

Susto - No primeiro dia de arrancadas, o ator Caio Castro deu um susto no público. Ele capotou o carro que dirigia durante o superprime. Piloto de UTV, o ator e o navegador Marcos Panstein capotaram e ficaram de cabeça para baixo na bateria semifinal disputada na Capital. Eles perderam o controle em um dos saltos. Apesar do acidente de ontem (24), a equipe Casarini, confirmou que Caio Castro não vai competir em razão de compromissos profissionais. Os dois sofreram ferimentos leves. 

A competição conta com pilotos de 21 estados brasileiros de 163 cidades. A caravana trouxe pelo menos 1,2 mil pessoas, entre integrantes da equipe e organização. Serão oito etapas em seis estados, passando por nove cidades-anfitriãs.

Equipes fazem os últimos retoques nos veículos (Foto: Clayton Neves)
Equipes fazem os últimos retoques nos veículos (Foto: Clayton Neves)
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