Cruzeiro perde para o Operário e abre a zona de rebaixamento da Série B
Weverton foi expulso por jogada violenta, em seguida o time mineiro sofreu um gol de bicicleta
Atuando com um jogador a menos desde os 28 minutos do primeiro tempo, o Cruzeiro perdeu para o Operário-PR por 2 a 1, neste sábado à noite, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. Weverton foi expulso por jogada violenta, em seguida o time mineiro sofreu um gol de bicicleta, marcado por Paulo Sérgio, mas empatou com Felipe Augusto ainda no primeiro tempo. Na parte final do jogo, porém, Djalma Silva chutou de longe e surpreendeu o goleiro Fábio anotando o gol da vitória.
Pelas circunstâncias, o empate até seria bem recebido pelos cruzeirenses. Mas com a derrota, o Cruzeiro ainda está devendo, porque com quatro pontos ocupa a 17.ª posição, abrindo a zona de rebaixamento. O Operário assumiu a vice-liderança com 10 pontos, dois a menos do que o líder Náutico, com 12. Além disso, agora não perde em seu estádio há 17 jogos, num período de sete meses.
O técnico Mozart Santos optou por armar o Cruzeiro no esquema com três zagueiros. Desta forma, pensava em manter o sistema de armação capaz de neutralizar o esquema do adversário, armado por Matheus Costa no 4-4-2. Devido à chuva na região sul do país, o jogo começou com o gramado bem pesado, um desafio a mais para os dois times.
Talvez, por isso, o jogo foi amarrado e com a bola ficando mais na parte central. Na disputa pela bola, surgiram algumas jogadas ríspidas. Mas Weverton, zagueiro do Cruzeiro, exagerou no carrinho em cima do volante Leandro Vilela, do Operário, e foi expulso direto. Realmente ele foi maldoso ou imprudente.
A partir dos 28 minutos o Cruzeiro passou a jogar com 10 jogadores. Quase em seguida, o Operário saiu na frente. Na linha intermediária a falta foi cobrada em direção a área, onde Pedro Ken desviou de cabeça e a bola bateu no travessão. Na sobra, Paulo Sérgio deixou a bola quicar e chutou de bicicleta no ângulo de Fábio, aos 31 minutos.
Mas o Cruzeiro não se intimidou e manteve seu ritmo de jogo. Tentou os chutes de longe, às vezes para fora e às vezes nas mãos de Thiago Braga. De tanto insistir, o time mineiro empatou aos 43 minutos. Bruno José recuperou a bola, entrou em diagonal para abrir espaço e chutou. A bola tocou na defesa e na sobra Felipe Augusto chutou de primeira, pegando o goleiro Thiago Braga mal colocado. Já nos acréscimos, o goleiro Fábio fez grande defesa num chute de Leandro Vilela, do time da casa.
Na volta para o segundo tempo, o técnico Mozart Santos recompôs o seu setor defensivo do Cruzeiro colocando o zagueiro Joseph no lugar do meia Marcinho. De outro lado, o técnico Matheus Costa adiantou sua marcação para tirar vantagem por ter um jogador a mais do que seu adversário.
O Cruzeiro passou a ficar em seu campo defensivo, na espera de um contra-ataque. Como ele não surgiu, Mozart Santos optou por tentar segurar o empate, inclusive reforçando a marcação com as entradas dos volantes Jadson e Ariel Cabral.
Matheus Costa também mudou o Operário, na tentativa de deixá-lo mais agressivo. Apesar do maior volume de jogo, não conseguia superar a marcação mineira e nem chegar com perigo ao goleiro Fábio. Só mesmo num lance isolado, como aconteceu aos 39 minutos O lateral Djalma Silva recebeu a bola pelo lado esquerdo e, mesmo de longe, soltou a bomba. O goleiro Fábio escorregou e não chegou na bola. Nos últimos minutos, o Cruzeiro ainda tentou fazer a pressão, na base de cruzamentos pelo alto. Mas a estratégia não deu certo.
Pela sexta rodada, na próxima terça-feira, o Operário vai enfrentar a Ponte Preta, em Campinas a partir das 19 horas. O Cruzeiro vai receber o Vasco na quinta-feira, às 21 horas, no Mineirão.